Como fica a agenda de reformas?
É cada vez menor o número de empresários que acredita que o governo Bolsonaro vai dar andamento à agenda de reformas. Primeiro foi a pandemia do coronavírus, que parou tudo. Depois, a crise política deixou o Planalto na defensiva. Agora é a proximidade das eleições municipais, que oferece pouca margem para os debates. O tempo é curto. Em 2021, Bolsonaro terá ultrapassado a metade do mandato e, certamente, começará a se ocupar da reeleição. Nessas ocasiões, as reformas costumam ficar para depois, como ensina a história política do país. Em live realizada ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que espera que o texto da reforma tributária esteja pronto para ser votado pelo plenário em agosto. O otimismo de Maia parece exagerado, já que a sociedade mal discutiu os termos das mudanças propostas pelo governo. A reforma administrativa está ainda pior. Há alguns dias, Bolsonaro disse que o texto será enviado para o Congresso apenas em 2021.
Montadoras se rendem aos carros autônomos
A indústria automobilística tradicional está se rendendo aos novos tempos. Nesta semana, a alemã Mercedes-Benz fechou um acordo com a americana Nvidia para a produção de carros autônomos. A parceria prevê que a Nvidia forneça chips e softwares usados em sistema de direção autônoma que serão fabricados pela Mercedes, a partir de 2024. Não é um caso único. A Ford anunciou recentemente que seu Active Drive Assist irá estrear no final de 2021, a bordo do Mustang Mach-E.
Protocolos sanitários vão custar R$ 2 bilhões por mês
Vai custar caro para as empresas a adoção dos protocolos sanitários exigidos pelas autoridades. Em São Paulo, a Federação de Dirigentes Lojistas estima que o comércio gastará R$ 2 bilhões por mês para cumprir as exigências do governo, como a distribuição de álcool em gel para clientes, o uso de máscaras e aventais descartáveis pelos funcionários e a instalação de acrílicos protetores nos caixas ou balcões. Enquanto a vacina não sair, não há outra maneira de garantir o mínimo de proteção.
WEG investe em inteligência artificial
A catarinense Weg, uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, entrou de vez na era digital. A empresa fechou, por valores não revelados, a compra de 51% da Mvisia, startup especializada em inteligência artificial, que foi fundada em 2012 no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia da Universidade de São Paulo. Trata-se da terceira empresa comprada pela Weg desde a criação de seu braço de negócios digitais, há exato um ano.
Rapidinhas
» A Ecoquest, empresa que há 14 anos fornece soluções para a descontaminação de ambientes, vai investir agora na desinfecção de veículos. A empresa trouxe dos Estados Unidos um dispositivo portátil que, conectado a uma tomada de 12 volts dos carros, promete eliminar qualquer vírus da cabine. O sistema foi aprovado pela agência americana FDA.
A indústria automotiva busca alternativas para combater a covid-19. Uma das ideias é forrar os bancos dos carros com uma espécie de tecido feito de micropartículas de prata. Desenvolvido pela empresa paulista Nanox, o material está em fase final de testes. Segundo a empresa, ele acaba com 99,9% dos vírus em dois minutos.
Enquanto no Brasil os números alarmantes do coronavírus deixam dúvidas sobre a volta à normalidade, na Europa a retomada é realidade em diversos setores econômicos. A companhia aérea holandesa KLM prevê realizar 5 mil voos em julho e 11 mil em agosto –– é um notável avanço. Em abril, foram apenas 1,7 mil decolagens.
O banco suíço Credit Suisse produziu um relatório repleto de elogios a três bancos brasileiros: Itaú, Bradesco e Banco do Brasil. Segundo o Credit, eles estão entre as instituições mais resistentes às turbulências da América Latina e suas ações são excelentes investimentos no longo prazo.