De acordo com o levantamento, 74,8% dos transportadores estimam impactos negativos da crise nos seus negócios por mais de quatro meses. Diante da queda abrupta de demanda, 63,8% dos entrevistados declararam que estão com sua capacidade de pagamento comprometida - de financiamentos, folha de pagamentos, tributos e fornecedores -, sendo que, para 34,1%, a capacidade está muito comprometida . Além disso, 27,0% informaram que conseguem operar por, no máximo, mais um mês sem apoio financeiro, e 18,3% já precisaram recorrer a empréstimos .
O presidente da CNT, Vander Costa, avalia que esses resultados atestam a continuidade dos efeitos da profunda crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Ele também chama atenção para as dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor para encontrar mecanismos efetivos a fim de reduzir os impactos negativos. “Esse cenário demonstra, de maneira prática, que as ações anunciadas pelos governos (federal, estaduais e municipais) para apoiar o setor, durante a crise da Covid-19, ainda não chegaram às empresas e não representaram o socorro emergencial necessário”, diz.
Vander Costa ressalta, porém, que o sucesso das ações e estratégias visando à retomada da economia no período pós-pandemia passam, necessariamente, pelo apoio consistente às empresas de transporte de cargas e passageiros do Brasil.
Crédito limitado
Na linha das dificuldades com as quais as empresas têm se deparado, 42,2% das entrevistadas afirmam que buscaram crédito desde o início da pandemia e, dessas, 44,8% tiveram a solicitação de crédito para capital de giro negada .