O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (16/06) que a pandemia do novo coronavírus caiu como uma "bomba biológica" na economia brasileira. Por isso, sugeriu que a crise atual deve ficar para trás só "lá para setembro, outubro, novembro".
Questionado sobre os impactos econômicos da covid-19 em um webinar do Instituto de Garantias Penais (IGP), Guedes comparou a uma pandemia a uma "bomba biológica" e a um "verdadeiro cisne negro", sem precedentes na literatura econômica. "A calamidade pública produziu um caso particularmente agudo de emergência fiscal", avaliou.
O ministro ainda disse que essa crise terá muitos desdobramentos, alguns inclusive desconhecidos. Mas acredita que a pandemia também deixa um legado: a necessidade da criação de um novo pacto federativo no Brasil, em que os recursos são mais descentralizados entre os estados e os municípios e em que os chefes dos poderes brasileiros se reúnem periodicamente para medirem o impacto das suas decisões no orçamento público - plano que já estava na agenda do governo, através da aprovação do novo pacto federativo e da criação do Conselho Fiscal da República, mas que acabou sendo adiado em função da pandemia.
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"Vamos em frente. Acho que vamos atravessar as duas ondas. E acho que lá para setembro, outubro, novembro, nós já estamos em um novo país, com um ano ano novo muito bom pela frente. Eu acredito nisso e vamos lutar por isso", concluiu Guedes.