Chegou à metade operação especial da parceria entre o Ministério da Infraestrutura (MInfra) e a Latam Airlines Brasil para trazer 240 milhões de máscaras ao Brasil. Nesta terça-feira, o número de equipamentos chegou a 135 milhões cirúrgicas e N95 trazidas para auxiliar no combate à Covid-19. A operação começou em maio e completa 50% de sua programação inicial, com o 22º voo sendo realizado de um total de 44 previstos. Até o final de julho o transporte da totalidade das 240 milhões de máscaras compradas pelo Ministério da Saúde deve estar concluído. Os equipamentos estão sendo destinados aos profissionais de saúde das 27 unidades da federação.
O voo de número 22 da operação especial, o JJ9555, chegou às 4h05 desta terça-feira ao Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP, oriundo de Xiamen (China), com 9 milhões de máscaras cirúrgicas de três camadas a bordo. “Desde que assumimos a importante missão de viabilizar a logística no enfrentamento à Covid-19, o Ministério da Infraestrutura vem trabalhando de forma incansável para apoiar o Ministério da Saúde, os governos estaduais e as prefeituras, garantindo que esses equipamentos cheguem com agilidade aos profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à pandemia”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
O MInfra é responsável pela operação especial para trazer as 960 toneladas de máscaras cirúrgicas e N95 adquiridas pelo Governo Federal na China, principal produtor mundial deste tipo de equipamento. Para auxiliar no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Infraestrutura desenvolveu, ainda em março, um plano de logística e distribuição, em apoio ao Ministério da Saúde e aos governos estaduais e municipais. O plano nacional abrange ações para viabilizar a chegada do material importado, articulação com órgãos governamentais que atuam nos aeroportos para prioridade no desembaraço aduaneiro e apoio na distribuição dos equipamentos nos estados.
Parceria
Para que esse transporte fosse possível, o Ministério da Infraestrutura fechou parceria em abril com a Latam, após realizar cotação internacional e definir o menor preço. A companhia aérea, por sua vez, desenvolveu uma logística especial e passou a voar com destino à China pela primeira vez na história do grupo, preparando as aeronaves e equipes para essa megaoperação. Cerca de 300 colaboradores da empresa foram responsáveis por essa operação até agora. Em terra e no ar, mecânicos, pilotos e copilotos, despachantes operacionais, funcionários de carga, coordenadores, planejadores e supervisores cruzaram os céus para abastecer o Brasil em meio à pandemia.
As 620 toneladas de caixas com os equipamentos, que poderiam ocupar uma área equivalente a 2,5 campos de futebol, voaram 1.054 horas e percorreram cerca de 900 mil quilômetros – o suficiente para dar mais de 141 voltas ao redor da Terra (raio Equatorial). As aeronaves passaram por mais de 11 fusos horários diferentes nesta jornada. Xangai, Guangzhou, Xiamen – todas na China –, Amsterdã (Holanda), Auckland (Nova Zelândia), Santiago (Chile) e São Paulo foram os destinos utilizados para combinações de percurso dos voos.
As cinco aeronaves modelo B777-300ER utilizadas para realizar os 22 voos são originalmente de passageiros, e tiveram seus interiores adaptados para transportarem as caixas de máscaras não só nos porões, mas também sobre os bancos, no espaço entre as poltronas e nos compartimentos de bagagem. “Chegamos à metade de nossos transportes em parceria com o Governo Federal e é uma satisfação saber que estamos trabalhando em prol da saúde no Brasil e oferecendo toda nossa expertise nessa luta contra o coronavírus. Reinventamos nossa operação e mobilizamos nossas equipes para atender a um objetivo maior”, afirma Diogo Elias, diretor da Latam Cargo Brasil.
O próximo voo, de número 23, está previsto para chegar ao Brasil nesta quinta-feira (18/6) com 3 milhões de máscaras modelo N95, a mais indicada para proteger profissionais expostos a ambientes contaminados.