O balanço foi feito durante a 34a reunião do conselho de governo, com o presidente da República, Jair Bolsonaro, o vice, Hamilton Mourão, e outros membros do primeiro escalão do governo. “Tentamos atuar em eixos: aumento da transparência da participação cidadã, fiscalização dos recursos e trabalhos investigativos, quando necessário”, afirmou.
Para fiscalizar o repasse do auxílio emergencial, de R$ 150 bi, a CGU dividiu os trabalhos no que Rosário chamou de “trilhas de irregularidades”. Ao todo, foram 22 mil pessoas com domicílio no exterior e 86 mil com veículos acima de R$ 60 mil. “Para se ter uma noção, na primeira vez que cruzamos as informações, identificamos 206 mil casos. Na segunda rodada, 30 mil. Fizemos diversos outros cruzamentos, inclusive com renda familiar acima dos limite”disse.
“O portal da transparência divulgou todos os dados do governo, e a base completa dos usuários beneficiários do auxílio emergencial. Quadruplicamos o acesso ao site. Também criamos um canal específico no Fala Brasil, para que o cidadão se comunique com o governo, por denúncia, solicitação, elogio, e tivemos, relacionado ao coronavírus, 33.700 manifestações, sendo 3.343 denúncias de casos de fraude e corrupção”, listou.
A CGU fez uma força tarefa para trabalhar as denúncias, que geraram 29 informes, alcançaram 23 municípios e 17 estados, com 64 empresas envolvidas. Em um trabalho de parceria com o Ministério da Saúde, a CGU avaliou diversas licitações. “Foram 18 processos, somando R$ 6,1 bilhões, e revogamos uma licitação de 900 milhões por indício de fraude na proposta da empresa vencedora”, contabilizou Rosário.