A bolsa de valores de São Paulo (B3) teve a sétima alta seguida e fechou a segunda-feira com variação positiva de 3,18%, aos 97.644 pontos. O Ibovespa não tinha uma sequência de tantos ganhos consecutivos desde 2018. No câmbio, o dólar comercial chegou ao menor patamar desde março, vendido a R$ 4,85, com queda de 2,76%.
O otimismo na bolsa reflete o relatório sobre empregos nos Estados Unidos, divulgado na semana passada, que revelou a surpreendente criação de 2,5 milhões de vagas em maio, quando a expectativa era de redução de 7,5 milhões. A indicação de que a economia norte-americana pode ter recuperado o vigor se juntou à abertura do comércio pelo mundo e aos incentivos econômicos que têm aumentado a liquidez no mercado financeiro.
Ontem, as bolsas dos Estados Unidos deram seguimento ao rali da semana passada e fecharam em alta. O índice S&P 500 avançou 1,20%. O Dow Jones teve ganho de 1,70%, Já a Nasdaq, bolsa das empresas de tecnologia, bateu o recorde de fechamento, com elevação de 1,13%.
“Existe muita liquidez no mundo com os planos dos bancos centrais para reerguer as economias. Isso gera um conforto, então, os investidores resolveram comprar o risco dos países emergentes. No entanto, ainda não é possível afirmar que o pior já passou”, disse Carlos Oliveira, assessor da Miura Investimentos. “A força do capital global e os juros baixos no mundo inteiro direcionam o dinheiro para a renda variável”, acrescentou.
Sobre a queda do dólar, Oliveira afirma que os sinais de preservação da autoridade do ministro Paulo Guedes causam uma sensação de tranquilidade no mercado. “O câmbio exagerou nos R$ 5,80 e está voltando para um patamar razoável. Isso reflete muito o alinhamento do governo com o ministro da Economia. Vemos interferência nos ministérios da Educação, Saúde, mas ninguém bate na área econômica. Nesse ritmo, o dólar deve estacionar em R$ 4,60”, opinou. (IM)