Economia

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Vendas de carros sobem, mas continuam fracas
A indústria automotiva brasileira não tem motivos para comemorar a alta de 11,6% das vendas de veículos novos em maio na comparação com abril. “A base anterior estava destruída”, diz o consultor Eduardo Tancinsky. “Portanto, trata-se de um crescimento modesto diante do tamanho do problema que o setor precisa resolver.” De fato, praticamente todos os indicadores continuam no vermelho. Na comparação com maio de 2019, os emplacamentos caíram 75%. No ano, encolheram 38% — é o pior desempenho em duas décadas. “Só há dois caminhos para as montadoras terem algum fôlego: a reabertura total das concessionárias e a ampliação expressiva do crédito”, diz Tancinsky. Embora algumas lojas (foto) tenham retomado as atividades nas últimas semanas, é incerto quando voltarão a funcionar a pleno vapor. O crédito é outro problema. “Com desemprego em alta, a economia vai demorar para reagir. Para atrair o consumidor, será preciso oferecer muito 
crédito a juros baixos.”


Melhores empresas para trabalhar na América Latina
O Great Place To Work (GPTW) revelou ontem a sua tradicional lista das melhores empresa para trabalhar na América Latina. O Brasil apareceu com destaque em duas categorias: grandes (mais de 500 empregados) e pequenas e médias (20 a 499 empregados). No ranking das grandes, o Magazine Luiza ocupou a 5ª posição entre as 25 escolhidas. Na categoria PMEs, a Levvo subiu no pódio (3º lugar). Nos dois grupos a liderança foi ocupada por firmas colombianas: Aseguradora Solidaria e Contecar.

25,7%
foi quanto caiu a busca por crédito em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. 
Segundo a Serasa Experian, a crise e a queda da renda desencorajaram a contratação de empréstimos
 
 
EY socorre Ministério da Economia
A consultoria EY está assessorando o Ministério da Economia (foto) numa missão hercúlea: analisar as solicitações feitas diariamente por governos estaduais e municipais e pela iniciativa privada para aliviar os impactos da covid-19 na economia. Os pedidos incluem ações tributárias, normas regulatórias, concessão de crédito e afrouxamento de obrigações, entre outros. Com a análise avançada de dados, a EY agrupa as propostas por categoria e ajuda o Ministério na definição de políticas públicas.


A Netflix do fitness
O coronavírus fez surgir novos titãs empresarias, como a plataforma de videoconferências Zoom e a fabricante de jogos eletrônicos Activision. A bola da vez é a americana Neou, que está sendo chamada de “Netflix do fitness”. Fundada em 2105, a empresa não tinha deslanchado até o isolamento social abrir oportunidades. A Neou cobra mensalidades de US$ 15 para que clientes tenham acesso a 5 mil aulas de ginástica. Antes restrita aos Estados Unidos, a plataforma já conta com usuários em 65 países.
 
 
“Não podemos entrar numa briga tola e infantil contra a globalização. Todos perderão com isso”
Mansueto Almeida, 
secretário do Tesouro Nacional
 
 
Rapidinhas

O banco japonês SoftBank vai formar nesta semana a primeira turma de 200 alunos do programa Ciência de Dados para Todos, criado para fomentar o ecossistema de inovação na América Latina. São profissionais da Argentina, Brasil, Colômbia e México que enfrentaram uma maratona de 10 semanas de treinamento.


A iniciativa do SoftBank tem o apoio de parceiros como Microsoft for Startups, iNNpulsa Colômbia, IDB Lab, WeWork e Google Cloud. Além do treinamento de 10 semanas, os participantes do programa terão oportunidades de carreira em empresas do portfólio do SoftBank. No Brasil, o banco é investidor da Loggi, Quinto Andar, VTex, Olist e Banco Inter.


A processadora de grãos Amaggi alcançou uma marca inédita. A fazenda Tucunaré, no Mato Grosso, produziu 87,46 sacas de soja por hectare na safra 2019-2020. É o melhor desempenho da história da companhia. Uma iniciativa foi fundamental: em agosto de 2018, a Amaggi inaugurou o primeiro radar meteorológico privado do Brasil.


O radar da Amaggi monitora fatores climáticos em um raio de 100 quilômetros, fornecendo em tempo real informações para os agricultores. De posse de dados como a intensidade da chuva, o gestor da fazenda determina se vale a pena pulverizar uma área ou se é melhor esperar a tempestade passar. O equipamento custou R$ 500 mil.