O evento promovido pelo Correio e pela Unica terá a partipação do economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega; da advogada e ex-ministra da Advocacia-Geral da União (AGU) Grace Mendonça; do advogado e professor titular de Direito Financeiro da Universidade de São Paulo (USP) Fernando Facury Scaff; e do presidente da Unica, Evandro Gussi. O editor-executivo do Correio, Vicente Nunes, mediará o debate. O evento ;Covid-19 e as questões econômicas e jurídicas do setor sucroalcooleiro; terá início às 15h pelo site correiobraziliense.com.br/correiotalks, no qual todos podem se inscrever gratuitamente.
Referência no mundo na produção de açúcar e álcool, o Brasil não pode prescindir do setor que, além de forte contribuição ao meio ambiente, gera mais de 1 milhão de empregos diretos e cerca de 2,5 milhões de postos indiretos. Esse peso se mantém, a despeito das políticas equivocadas do governo federal durante décadas. Entre 1985 e 1999, na tentativa de conter a inflação, a União não só cortou os preços praticados no mercado, como também os manteve congelados por longos períodos. Entre 2011 e 2014, novamente o poder público interveio no setor de forma desastrosa.
Entre os empresários, não há dúvidas de que os prejuízos impostos pelo governo devem ser ressarcidos. E isso vem sendo feito há 15 anos, desde a decisão do STF que reconheceu as perdas das empresas nas décadas de 1980 e 1990. Agora, porém, surge no horizonte o risco de mudança na jurisprudência antes mesmo de se concluir o processo de indenização. Além de gerar insegurança jurídica, qualquer alteração no posicionamento da mais alta Corte do país afetará a isonomia e a neutralidade concorrencial do setor.