A dívida bruta brasileira (que inclui o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais), em abril, chegou a R$ 5.817,9 bilhões, o equivalente a 79,7% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas do país), informou o Banco Central.
O percentual é superior ao registrado em março (79,5%) e também é o maior da série histórica iniciada em 2006 pelo Banco Central. O desequilíbrio entre receitas e despesas teve forte influência principalmente das medidas executadas para o enfrentamento ao coronavírus. A alta da dívida bruta, em relação ao mês anterior foi de 1,3 ponto percentual.
Nessa comparação, tiveram impacto a evolução de emissões líquidas de dívida bruta (aumento de 0,2 ponto percentual), da incorporação de juros nominais (aumento de 0,3 ponto.), desvalorização cambial (aumento de 0,3), e do efeito da variação do PIB nominal (aumento de 0,4).
No ano, o aumento de 3,9 ponto na relação da dívida com o PIB, teve como consequência a desvalorização cambial acumulada (aumento de 1,6), incorporação de juros nominais (aumento de 1,6), das emissões líquidas de dívida (aumento de 1,2) e efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,4 ponto), informa o BC.
No ano, até abril, o déficit primário acumulado do setor público consolidado atingiu R$ 82,6 bilhões, ante superávit de R$ 20 bilhões no mesmo período do ano anterior. Já em abril, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$94,3 bilhões. O Governo Central, os governos regionais e as empresas estatais, apresentaram déficits de R$92,2 bilhões, R$1,9 bilhão e R$195 milhões, respectivamente. Já a dívida líquida cresceu a 52,7% do PIB, ante 51,7% no mês anterior e projeção de que fosse a 52,4% do PIB.