Economia

Ministro garante socorro

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que está preocupado com o setor aéreo, mas que há confiança do mercado sobre como foi estruturada a ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com um sindicato de bancos. “As empresas estão se articulando. Existe uma questão sobre garantias e uma parte do risco vai ser do mercado. Então, as empresas têm que ir ao mercado para tomar parte do crédito”, destacou. 

Apesar de acertado entre BNDES e companhias, a ajuda ainda não saiu efetivamente. “Muito brevemente, esse crédito vai se concretizar e vai dar um fôlego financeiro muito importante para as empresas dentro dos limites que forem estabelecidos”, garantiu Freitas. Outra medida em estudo é a utilização do Fundo Nacional de Aviação Civil como garantia em operações de crédito.

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou, durante a divulgação dos resultados do banco, na semana passada, que a instituição enviou propostas para as três grandes empresas do setor — Gol, Azul e Latam — e todas aceitaram.  Procurado ontem, o BNDES disse que “continua a negociar um apoio à Latam, a partir dos moldes já propostos às três grandes companhias aéreas”. 

A Azul confirmou que recebeu a proposta do BNDES, “mas continua em negociações e ainda não há novidades para anunciar”. A Gol disse que recebeu, em 12 de maio, a documentação com as principais condições.  “A confirmação oficializada pela Gol não representa a aceitação dos termos propostos pelo BNDES e pelo sindicato de bancos, os quais serão objeto de discussões e negociações entre as partes ao longo das próximas semanas”. (SK)

Dívidas de US$ 550 bilhões
O pesado nível de endividamento das companhias aéreas pode comprometer a recuperação do setor após a crise de covid-19. O alerta é da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), que divulgou, ontem, análises que apontam para uma dívida global do setor aéreo de US$ 550 bilhões até o fim do ano. O valor representa um aumento de US$ 120 bilhões em relação aos níveis de dívida no início de 2020. O pedido de recuperação judicial do Grupo Latam nos Estados Unidos, anunciado ontem, é um alerta, segundo a entidade.