Sidnei Moura Nehme, economista e diretor-executivo da NGO Corretora, explica que houve alívio do mercado com relação ao vídeo, mas os demais problemas persistem. "As perspectivas continuam ruins quanto à saúde e à economia. O agronegócio está segurando as pontas por aqui. O fato pontual da reunião foi aliviado, mas as perspectivas gerais continuam ruins. A bolsa está com muita volatilidade, hoje subiu e desceu. Um dia sobem os bancos, no outro dia desce. Na realidade, o que acontece é que não tem sustentabilidade e está ocorrendo muito Day Trade", disse.
Ele acredita também que o dólar voltará a subir, uma vez que o cenário é incerto. "Tem muito mais chance de subir do que cair. Estamos em um momento de imprevisibilidade. E o principal problema é que não há convergência, esforços por parte do governo, estão divididos. Quando o dólar chegou perto dos R$ 6, o Banco Central se assustou e passou a atuar de forma mais incisiva."
Entre os principais fatos no mercado financeiro hoje está também o pedido de recuperação judicial feito pela companhia aérea Latam nos Estados Unidos. As operações da empresa no Chile, Colômbia, Equador e Peru estão incluídas no pedido. No Brasil, no entanto, a empresa afirmou que está discutindo com o governo os próximos passos e que segue com as operações normalmente.
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O economista comentou, ainda, a Operação Placebo, que fez busca e apreensão na casa e na residência oficial do governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC). "Isso não mexeu muito com o mercado. Se fosse o governador de São Paulo, talvez fosse diferente. No entanto, se algo assim ocorrer novamente, com algum opositor do governo, isso criaria insegurança", completou.
*Estagiário sob a supervisão de Fernando Jordão