O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que, aos R$ 239 bilhões que a pasta espera de investimentos privados a partir do programa de concessões, se somem mais R$ 30 bilhões de recursos públicos. No ano passado, o Ministério da Infraestrutura (Minfra) tinha R$ 8 bilhões de orçamento e foram executados exatamente R$ 8 bilhões.
“Podemos fazer um pouco mais. Não adianta pedir R$ 50 bilhões para projetos, porque temos uma capacidade de execução. Entre R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões a mais, a gente tem condições de executar”, explicou. “Então pode ser R$ 30 bilhões públicos que vão se somar aos R$ 239 bilhões privados”, disse, nesta segunda-feira (25/5), em live promovida pelo Santander.
No entanto, Freitas garantiu que a linha liberal será seguida. “Estamos trabalhando no Pró-Brasil. Quando nasceu, houve interpretação equivocada do programa, sem perceber o que é mais importante. O plano nasce porque existe ambiente favorável para gerar engajamento”, disse. Conforme ele, há sensibilidade do Judiciário, do Tribunal de Contas e do Congresso Nacional para contribuírem no momento de crise. “Na vertente Ordem, prevê transformação da regulação e legislativa. Identificar onde a regulação das agências não favorece a livre iniciativa e onde se transformou em intervenção. Que pontos podem ser adaptados para trazer alívio para o setor privado”, ressaltou.
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Na vertente Progresso do Pró-Brasil, contudo, estão embutidos os investimentos. “Estamos falando dos nossos investimentos, notadamente privado. Fazer a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste Leste) este ano, a Ferrogrão, os 17 mil km previstos de rodovia, 43 aeroportos, dezenas de terminais portuários, linhas de transmissão, óleo e gás, saneamento básico. Obviamente, também alguma coisa de obra pública, que a gente pode fazer mais”, disse Freitas.