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O pior desempenho do mundo em 2020 pode representar oportunidades de investimentos na Bolsa brasileira, segundo o banco americano Goldman Sachs



Dell 1: fabricante de computadores entra na guerra política
As redes sociais foram tomadas nas últimas horas por violentos debates sobre o papel de grandes empresas na disseminação de fake news. Tudo porque o Movimento Sleeping Giants Brasil descobriu que anúncios de gigantes como Dell, Samsung, O Boticário, Submarino e até Banco do Brasil apareciam nos banners rotativos de sites acusados de disseminar notícias falsas. Na verdade, os anunciantes usam uma ferramenta do Google que permite a distribuição das propagandas em diversos sites, de acordo com o perfil de público escolhido pela empresa. Segundo o Google, as companhias podem definir filtros para evitar anúncios em endereços inapropriados. Depois da revelação feita pelo Sleeping Giants, a Dell informou que retiraria do ar publicidade em sites de conteúdo duvidoso. Foi o suficiente para a hashtag #NãoCompreDell assumir o primeiro lugar no trending topics do Twitter. A Dell, quem diria, acabou se tornando protagonista da lamentável polarização política no Brasil.

Esquerda e direita desconhecem história de fundador
Chamar a Dell de empresa comunista, como fizeram alguns fãs do governo Bolsonaro, é um disparate, assim como não faz sentido a esquerda achar que a companhia está alinhada às suas causas. Michael Dell, o texano que fundou a fabricante de computadores, é ligado ao Partido Republicano nos Estados Unidos e identifica-se com a agenda conservadora. Dell simboliza as oportunidades oferecidas pelo capitalismo: abriu sua empresa aos 19 anos com US$ 1 mil e a transformou numa potência global.
 
 
As empresas que contratam, apesar da crise
Nem tudo está perdido na crise do coronavírus. Apesar da retração econômica, algumas empresas estão com processos de contratação abertos. O PagSeguro, primeiro unicórnio brasileiro, tem 150 vagas para as áreas de tecnologia e engenharia de softwares. Também há oportunidades na operadora de telefonia Vivo, que busca analistas para 130 postos disponíveis. A Rappi cresceu no Brasil com o aumento dos serviços de delivery e, pela primeira vez, abriu inscrições para o seu programa de estágio.

Banco americano vê oportunidade na Bolsa brasileira
O pior desempenho do mundo em 2020 pode representar oportunidades de investimentos na Bolsa brasileira. Quem diz isso é o banco americano Goldman Sachs. “As ações brasileiras são candidatas ideais para uma recuperação”, disseram seus analistas. Em dólar, o Ibovespa caiu 48% desde o início do ano –– a segunda bolsa de pior performance, a da Namíbia, recuou 45%. Para o Goldman Sachs, não será surpresa se o Ibovespa chegar em breve aos 
90 mil pontos (fechou, ontem, aos 83.027).

Paulo Guedes é hoje muito mais bolsonarista do que um economista liberal. Ele já se converteu como se aquilo fosse quase uma religião” 

Rogério Xavier, 
sócio e gestor da SPX Capital

1 milhão

de pequenas empresas podem fechar na pandemia do coronavírus, segundo estimativas do Sebrae. O governo prometeu ajudá-las, mas os recursos continuam represados

Rapidinhas

A americana Victoria´s Secret, um dos ícones mundiais da moda, enfrentava dificuldades antes da pandemia, mas a situação piorou. No primeiro trimestre, as vendas caíram 46%, o que levará ao fechamento de 250 lojas. Especialistas dizem que a estética sexualizada da marca não combina com os novos tempos.

Parou de piorar. Essa é a principal constatação da pesquisa da Fundação Getulio Vargas que mede o Índice de Confiança da Indústria. A prévia do indicador avançou 2,4 pontos em maio em relação a abril. A leve alta sinaliza estabilidade após o tombo histórico registrado no começo da pandemia do coronavírus, mas está longe de apontar uma retomada.
 
 
A Nissan adiou pela segunda vez o reinício das atividades na fábrica de Resende, no Rio de Janeiro. Fechada desde 25 de março, a unidade deveria voltar a funcionar nesta semana, mas a empresa estendeu a paralisação. O motivo alegado pela montadora é “assegurar a saúde de colaboradores, fornecedores, suas famílias e a sociedade em geral.”

Depois do Twitter nos Estados Unidos e da XP no Brasil, mais uma grande empresa anuncia a intenção de tornar o home office definitivo. Em encontro com funcionários, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, disse que a maior rede social do mundo começará a adotar “agressivamente o trabalho remoto”.