Economia

Câmara quer manter R$ 600





O secretário da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, confirmou ontem que o governo deve prorrogar o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 a desempregados e autônomos além dos três meses previstos. No entanto, o valor do benefício deve ser achatado para R$ 200 depois da terceira parcela de R$ 600.

O assunto é discutido também na Câmara dos Deputados, mas os parlamentares falam em preservar o valor de R$ 600. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), explicou que o problema é encontrar recursos. O atual programa já tem um custo de R$ 150 bilhões para a União. “Esse é o desafio. Já coloquei alguns parlamentares para estudar uma proposta ao governo; mas que a gente encontre parte desses recursos na estrutura de gastos que o governo já tem e que, muitas vezes, está mal alocada”, disse.

 Maquininhas
A Caixa Econômica Federal (CEF) deve fazer parceria com as operadoras de maquininhas de cartão para ampliar as possibilidades de uso do auxílio emergencial de R$ 600. A ideia é permitir que os brasileiros possam usar o benefício para pagar compras sem ter que sacar o recurso, aproximando o celular dos dispositivos. O governo confirmou também que deve ampliar o prazo de concessão do auxílio.

A possibilidade de usar as maquininhas será viabilizada em breve pelo aplicativo Caixa Tem, segundo o vice-presidente de Tecnologia e Digital da Caixa, Cláudio Salituro. O aplicativo deve gerar um código para pagamento quando a pessoa quiser fazer uma compra com os recursos do auxílio emergencial. O código será exibido por meio de um QR Code, que deve ser aproximado das maquininhas para concluir a transação.

Segundo Salituro, a ideia é permitir que os beneficiários do auxílio possam fazer todas as transações financeiras pelo aplicativo. Hoje, é possível o pagamento remoto de contas e as compras on-line. Agora, o app se prepara para também oferecer o pagamento de compras presenciais.