Desde o começo da pandemia, o governo federal criou 130 novos serviços on-line, acelerando o fim da cultura do papel. Como resultado, atingiu nesta semana a marca dos 700 serviços digitalizados desde janeiro do ano passado e dobrou, em um mês, o número de acessos ao gov.br. Ao todo, em abril, 14 milhões de pessoas navegaram no portal, no qual se acompanha o andamento de solicitações e obtém resultados de demandas.
A digitalização proporcionou uma economia de R$ 2,2 bilhões –– sendo que R$ 1,4 bilhão continuam no bolso do cidadão, que deixa de gastar com deslocamentos e pagamento de despachantes para contornar a burocracia e facilitar a solução das demandas. A Secretaria de Governo Digital contabiliza que os usuários estão poupando 148 milhões de horas de burocracia por ano.
Os serviços mais acessados são: inscrição no Cadastro Único para programas sociais; solicitação do auxílio emergencial de R$ 600; e pedidos de seguro-desemprego. No caso do auxílio, as tecnologias digitais permitiram em menos de 30 dias o cadastro, o cruzamento de dados e o pagamento.
A solução de serviços pelo celular popularizou-se entre pessoas como a diarista Glória Ferreira da Silva, 45 anos, mãe que cria sozinha duas meninas, de 11 e 4 anos, dois gêmeos de 8 e um adolescente de 15, no Recanto das Emas. Ela recebeu a primeira parcela do auxílio de R$ 600 no mesmo dia em que abriu a conta na Caixa, em 25 de abril.
“Criei a conta no celular e, depois de 30 minutos, recebi o dinheiro e paguei as minhas contas”, comemora.
* Estagiário sob supervisão de Fabio Grecchi