Economia

Com incertezas sobre vacina nos EUA, Ibovespa fecha em queda de 0,6%

Apesar das preocupações do mercado, a bolsa brasileira terminou o dia acima dos 80 mil pontos; Dólar fechou vendido a R$ 5,76

Em dia de incertezas internacionais sobre os resultados de uma vacina contra o coronavírus testada nos Estados Unidos, o dólar fechou esta terça-feira (19/5) em R$ 5,76 e chegou a operar em estabilidade após o Banco Central anunciar um leilão de contratos de swap cambial de até US$ 500 milhões. Já a Bolsa de Valores brasileira fechou em leve queda de 0,56%, marcando 80.742,35 pontos. 

Na semana passada, o fechamento ficou abaixo dos 80 mil pontos em todos os dias. Na segunda-feira (18/5), no entanto, fechou em forte alta influenciada pelas expectativas de flexibilização do isolamento em alguns países. No início do dia, investidores do mercado financeiro estavam preocupados com a parada das atividades durante o feriado de seis dias na cidade de São Paulo. Mas a B3 anunciou que manterá as negociações normalmente.

Para Carlos Oliveira, sócio da Miura Investimentos, depois do aval do Banco Central para que a Bolsa mantenha as atividades, o mercado se acalmou. Mas, no fim da tarde, novas informações desanimadoras sobre os testes de vacinas nos EUA trouxeram novas preocupações ao mercado. Além disso, as farpas trocadas entre EUA e China não agradaram nada os investidores.

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"O feriado influenciou o câmbio pela insegurança de escoamento. O Banco Central tem feito leilões diariamente, hoje não foi diferente. BC vem atuando para prover liquidez porque o mercado de câmbio é muito especulativo. Já a bolsa é muito influenciada pelo que ocorre lá fora. Não dependemos apenas da situação política. Além da questão da vacina, houve uma preocupação em relação aos problemas entre Estados Unidos e China", disse ele.

Ele avalia também que o fechamento da bolsa acima dos 80 mil pontos é um sinal positivo, caso se repita nos próximos dias. "80 mil pontos é um patamar de equilíbrio. Se conseguirmos fazer uma cumulação de 80 mil pontos, com a volta dos negócios no mundo, não volta a cair. Se o mercado conseguir passar mais 2 semanas nessa região, sinaliza que o pior já passou", explicou.


*Estagiário sob a supervisão de Vicente Nunes