Home office e o futuro do mercado imobiliário corporativo
O home office vai causar estragos no mercado imobiliário corporativo? Embora seja difícil cravar uma resposta diante das incertezas trazidas pelo coronavírus, tudo indica que sim. Há alguns dias, a XP, maior corretora do país, anunciou que estenderá até dezembro o home office para 2,7 mil funcionários, com a possibilidade de adotá-lo definitivamente. Nos Estados Unidos, o Twitter informou que os colaboradores poderão ficar em casa “para sempre”, enquanto Google e Facebook estimam que as equipes vão trabalhar remotamente até 2021. Muitas empresas descobriram que o home office funciona e pode até ser mais produtivo do que o sistema convencional. Isso sem falar na redução de custos: as despesas com aluguel, condomínio e manutenção dos imóveis representam entre 5% e 15% do faturamento das empresas. Se o home office é eficaz e contribui para o corte custos, para as companhias fará todo o sentido incentivá-lo. Alguns escritórios, portanto, ficarão ociosos no futuro.
JBS 1: R$ 11 milhões para o combate ao coronavírus no DF
A JBS anunciará hoje a doação de R$ 11 milhões para o combate ao coronavírus no Distrito Federal. Os recursos serão destinados para a construção de hospitais modulares (permanentes), compra de equipamentos de proteção individual (EPIs), cestas básicas e produtos de higiene e limpeza, entre outros. Segundo a empresa, as iniciativas serão auditadas pela consultoria Grant Thornton, que abriu mão de honorários para contribuir com o programa social. A JBS emprega 2,5 mil colaboradores no DF.
JBS 2: Doações chegam a R$ 400 milhões
Maior processadora de carne do mundo, a JBS está engajada no enfrentamento ao coronavírus. Ao todo, a empresa diz que doará R$ 400 milhões para 17 estados brasileiros e 162 cidades. Boa parte desses recursos (R$ 50 milhões) será encaminhada para entidades de pesquisa e tecnologia focadas em estudos na área de saúde. Outros R$ 20 milhões irão para 50 organizações sociais sem fins lucrativos que se dedicam a desenvolver programas de assistência à população carente.
Netflix ganha usuários, mas para de produzir
A Netflix, maior plataforma de streaming do mundo, vive um dilema. De um lado, comemora o crescimento do número de assinantes na pandemia. De janeiro a abril, foram adicionados 16 milhões de usuários. Na Itália e Espanha, dois dos países mais atingidos pelo coronavírus, as instalações de aplicativos da Netflix aumentaram 57% e 34%, respectivamente. O confinamento social ajudou os negócios, mas atrapalha também: as produções foram paralisadas e a empresa teme que o estoque de novidades acabe em breve.
“Podemos trabalhar com 50% das pessoas em casa. Vamos liberar vários prédios que custam muito”
Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras
US$ 4 bilhões
É quanto a Amazon irá gastar em 2020 para ajustar a sua operação à nova realidade do coronavírus. O dinheiro será usado no fornecimento de equipamentos de proteção individual aos funcionários e no trabalho incessante de desinfecção dos armazéns.
Rapidinhas
As vendas no varejo brasileiro caíram 26,8% em abril na comparação com março. É o que revela o IGet, índice medido a partir do volume de transações em 47 mil estabelecimentos que usam as máquinas de cartão Getnet, empresa de tecnologia do Santander. Em relação ao mesmo mês no ano passado, a queda foi de 53%.
Os setores mais afetados foram vestuário (recuo de 78,2% na comparação com abril de 2019), materiais para escritório e móveis (-73,7%) e eletrodomésticos (-69,1%). Até as vendas em supermercados caíram: 5,9%. No recorte regional, o varejo em Minas Gerais teve retração de 49,4%. No Distrito Federal, o desempenho foi pior, com queda de 70,4%.
Nenhuma outra atividade econômica foi tão estimulada pelo coronavírus quanto o e-commerce. Em março, as vendas on-line da Petz, maior rede de pet shops do país, atingirão o patamar esperado apenas em 2023. De acordo com a empresa de inteligência de mercado Compre e Confie, em abril, o e-commerce brasileiro cresceu 81% em relação ao mesmo mês de 2019.
A Heineken e o Grupo Campari fecharam uma parceria para socorrer bares e restaurantes. Chamado de “Brinde do Bem”, o projeto consiste em distribuir vouchers de R$ 25 a R$ 100 para consumidores comprarem bebidas. Desde o início do programa, foram distribuídos R$ 17 milhões em cupons.