Entre as irregularidades, Castello Branco citou 18 condenados da Lava-Jato ainda utilizando o plano de saúde. “Um deles usou R$ 400 mil no ano passado. Dentistas na Bahia recebiam mais R$ 2 milhões”, ressaltou. Segundo ele, também há uma inadimplência de R$ 379 milhões de segurados que não pagavam suas mensalidades, em prejuízo dos demais. “A qualidade é ruim, na ouvidoria é o item mais reclamado, com 2,595 mil queixas”, afirmou.
Novo modelo
Por conta disso, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou um novo modelo de gestão para a Assistência Multidisciplinar de Saúde, que passará a ser realizada por uma associação civil, sem fins lucrativos, mantendo a modalidade de autogestão, informou a empresa.
“A mudança deve proporcionar eficiência de custos e segregação de riscos da AMS. Estima-se que haja uma redução de custos da ordem de R$ 6,2 bilhões nos próximos 10 anos. O plano de de implantação e transição será estruturado no próximos meses. Cabe destacar que não haverá alteração do benefício ou da sua abrangência com a transferência para o novo modelo de gestão, que trará ganhos em tecnologia, governança e compliance, em alinhamento às melhores práticas de mercado e de acordo com as exigências da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)”, ressaltou em nota.
Castello Branco destacou as irregularidades do plano de saúde, após afirmar que o foco da companhia é cuidar da saúde dos nossos colaboradores. “Fizemos testagem total em 25% dos empregados. Apenas 10% estão nos escritórios e 50% nas equipes de operações”, afirmou.