O dólar opera em alta conduzida pela piora externa com o embate entre EUA e China no radar e cautela sobre o cenário polÃtico e fiscal interno. O investidor monitora o IBC-BR em meio à perspectiva de que os números de abril devem ser piores, reforçando as previsões de corte adicional da taxa Selic.
O IBC-BR caiu 5,90% em março ante fevereiro, com ajuste, ficando perto da mediana de -6% das projeções (-8,63% a -3,6%) O IBC-BR interanual de 1,52% também foi menos negativo que a mediana de -2,1% das projeções (-5,1% a -0,7%).
Os investidores repercutem ainda a intenção do presidente Jair Bolsonaro de discutir com governadores e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um compromisso no tocante a possÃvel veto ou não de artigos do projeto que prevê congelamento de salários de servidores até o fim de 2021. Bolsonaro encontrou-se com Maia na quinta-feira, coroando a sua reaproximação com o Centrão.
Nesta sexta-feira, 15, o ministro Celso de Mello, do STF, pode anunciar ainda sua decisão sobre o levantamento do sigilo e a exibição do conteúdo, integral ou parcial, do vÃdeo da reunião ministerial de 22 de abril. Ontem à noite, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou manifestação ao STF em que informa que o presidente Jair Bolsonaro mencionou as palavras "famÃlia" e "PF" na reunião ocorrida no mês passado no Palácio do Planalto, que durou mais de duas horas. Bolsonaro havia afirmado à imprensa que não tinha feito menção à famÃlia nem à PolÃcia Federal no encontro.
Mais cedo, os Ãndices de confiança de consumidores e de empresários mostraram acomodação em maio. O Ãndice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 7,7 pontos na prévia de maio ante o resultado fechado do mês de abril, para 63,5 pontos. Já o Ãndice de Confiança do Consumidor (ICC) aumentou 6,5 pontos, para 64,7 pontos.
Às 9h22 desta sexta, o dólar à vista subia 0,57%, a R$ 5,8522. O dólar futuro de junho avançava 0,54%, a R$ 5,8560.