Economia

MERCADO S/A - Amauri Segalla

"É consenso entre os gestores de redes de academias de ginásticas de que poucos alunos se arriscariam a frequentar os espaços"




Apesar de Bolsonaro, academias não vão reabrir

O decreto assinado por Jair Bolsonaro, que transforma academias de ginástica em serviço essencial, terá efeito nulo no setor. Nenhuma das lideranças do mercado brasileiro de fitness planeja abrir suas unidades nos próximos dias, apesar da pressão do presidente. É consenso entre os gestores de redes como Bodytech, Cia Athletica e Smart Fit que seria improdutivo comprar briga com governadores, além da possibilidade concreta de poucos alunos se arriscarem a frequentar os espaços. Terceira maior rede com unidades próprias do mundo (são 797), a Smart Fit é um caso curioso: seu dono, o empresário Edgard Corona, é fervoroso defensor de Bolsonaro, desde os tempos de campanha presidencial. Recentemente, ele deixou o Instituto Brasil 2000 depois de o porta-voz do grupo, o também empresário Gabriel Kanner, criticar o chefe do Planalto. Corona continua fechado com Bolsonaro, mas não deixa o apoio incondicional afetar os negócios.



Uber lança serviço de entrega de objetos


Os bons resultados alcançados em países como Austrália, Estados Unidos e México levaram a Uber a lançar no Brasil o serviço de entregas de objetos. Chamada de Uber Flash, a modalidade permite aos usuários pedir o carro por aplicativo para enviar itens pessoais. Por enquanto, a iniciativa estará disponível em Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Segundo a Uber, o serviço é temporário e foi criado para apoiar as medidas de distanciamento social.


41%

foi quanto aumentaram os lucros da fabricante japonesa de videogames Nintendo no ano fiscal encerrado em março. Segundo a empresa, o impulso nos negócios se deve ao isolamento social


CVC inicia reestruturação


Atingida em cheio pelo cancelamento de viagens na crise do coronavírus, a CVC começou nesta semana um necessário processo de reestruturação. Antes dividida por marcas, a empresa agora irá se concentrar em quatro áreas de negócios: turismo corporativo, turismo de lazer, serviços on-line e operação na Argentina. Com isso, as dez diretorias anteriores passaram a ser apenas duas. O ano tem sido difícil. Além da pandemia, a CVC enfrentou denúncias de erros contábeis em seu balanço.



“A covid-19 alterou drasticamente a maneira como pensamos e encaramos o futuro. Uma das principais mudanças será a aceleração do mundo físico para o digital”

Paula Paschoal, diretora-geral do PayPal no Brasil




Disney tem reinado ameaçado


Uma das marcas mais fortes da história do capitalismo, a Disney acumula prejuízos colossais com a crise do coronavírus. Seus 14 parques temáticos permanecem fechados, os quatro estúdios de TV pararam de produzir e os 42 mil quartos de hotel estão às moscas. Isso sem falar em dezenas de outros negócios interrompidos em todos os continentes. No primeiro trimestre, quando os efeitos da pandemia estavam só começando, os lucros da empresa de Mickey Mouse caíram 90% em relação ao período anterior.




Rapidinhas


» Depois da holandesa KLM e da sul-coreana Korean Air anunciarem a retomada de parte de seus voos, agora é a vez da Emirates, companhia aérea dos Emirados Árabes e uma das maiores do mundo, informar que retomará as viagens para nove destinos a partir de 21 de maio. Os aviões vão decolar de Dubai e pousar em cidades como Londres e Paris.


» A Associação Brasileira das Empresas Aéreas produziu um estudo sobre a participação do setor na economia. Em 2019, a aviação movimentou R$ 103,4 bilhões, o equivalente a 1,4% do PIB nacional, e empregou (considerando postos diretos e indiretos) 1,4 milhão de pessoas, ou 1,6% da força de trabalho do país.



» A crise do coronavírus não atrapalhou os planos de um grupo seleto de apaixonados por carros. Segundo a BMW, todas as vinte unidades da edição limitada do modelo M340i já foram reservadas no Brasil. O sedã com motor de 387 cavalos acelera de zero a 100 km/h em 4,4 segundos e atinge velocidade de 250 km/h. O mimo custa R$ 440 mil.

» A Petz, maior rede de pet shops do país, detectou um aumento médio de 30% nos gastos dos clientes em suas 107 lojas. A explicação é a mesma que vale para os supermercados. Como saem menos de casa, as pessoas adquirem volumes maiores toda vez que vão às compras. Na Petz, o tíquete médio passou de R$ 110 para R$ 150.