Economia

Azul negocia adiamento de entregas de 59 aeronaves da Embraer

Companhia do setor aéreo, que mais sente a crise de coronavírus, posterga para 2024 entregas previstas para entre 2020 e 2023

A companhia aérea Azul anunciou, nesta quarta-feira (13/5), que está negociando com a fabricante de aviões Embraer para adiar entregas de 59 aeronaves E2s previstas para ocorrerem entre 2020 e 2023. O pedido é a postergação para a partir de 2024. Essas aeronaves têm preço de tabela de R$ 4,2 bilhões.

Em resposta aos impactos da covid-19 no setor aéreo, a Azul rapidamente adotou medidas para preservar o seu negócio. “Com o novo ambiente de demanda, ajustou a sua malha reduzindo em 90% a sua capacidade no mês de abril comparado com 2019. A companhia também está reduzindo os custos e despesas com folha de pagamento em 50% comparado com o mesmo período do ano passado”, afirmou em nota.

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“Esse acordo com a Embraer para adiar as próximas entregas de aeronaves começando em 2024 é um componente importante do nosso plano de recuperação, o que nos permite criar um caminho com liquidez para percorrer esta crise. Com esse suporte, somos capazes de garantir os recursos necessários para otimizar a companhia aérea que seremos no futuro”, disse John Rodgerson, CEO da Azul.
 
“Como resultado da crise sem precedentes no transporte aéreo em virtude do surto de covid-19, alguns clientes solicitaram à Embraer a revisão do fluxo de entregas de aeronaves para se adaptar à nova realidade. Embora as mudanças afetem as entregas projetadas em 2020, não houve nenhum cancelamento. A aviação regional tem sido um elemento-chave para manter os serviços essenciais e a malha aérea durante a crise e já é possível observar algumas companhias aéreas retomando gradualmente os voos comerciais usando E-Jets. A Embraer continua a apoiar totalmente seus clientes e está confiante de que o E-Jets terão um papel essencial na recuperação do setor aéreo.”