Nesta terça-feira (12/5), o dólar bateu o recorde intraday (máxima do dia) chegando a R$ 5,88. Isso fez com que o Banco Central anunciasse leilão de swap cambial de 10 mil contratos. A medida segurou a moeda americana, que encerrou vendida a R$ 5,86. Já o índice Ibovespa, principal da bolsa brasileira, fechou a terça em queda de 1,51%, marcando 77.871,95 pontos.
A reação do mercado brasileiro foi causada pelas notícias sobre o conteúdo comprometedor do vídeo da reunião de Bolsonaro com Sergio Moro no último dia 22, em que o presidente teria pedido a troca no comando da Polícia Federal para tentar conseguir acesso privilegiado a informações sobre investigações. O vídeo foi exibido hoje para a Procuradoria-Geral da República, Advocacia-Geral da União, PF e Moro.
O mercado mostrou receio sobre a forma como Jair Bolsonaro pode ser atingido pela repercussão da gravação, o que afetaria sua capacidade de dar prosseguimento à agenda de reformas e deixa o cenário político mais instável.
A bolsa brasileira começou o dia subindo, alinhado com os mercados estrangeiros. Depois das 13h, o índice Ibovespa tinha alta de 1,29%, com 80.082,67 pontos. Mas a alta foi interrompida às 14h, quando o mercado norte-americano começou a cair. O motivo foi uma reação após o principal médico de doenças infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, alertar senadores em uma comissão por videoconferência que o vírus se espalharia se o país reabrisse a economia muito cedo.
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Spyer disse ainda que o pé no freio da alta do dólar foi o anúncio do leilão de swap cambial. "O dólar e o Índice DI avançaram muito por causa da tensão. Dólar bateu R$ 5,88, renovou o recorde intradiário. Os juros subiram com a preocupação que o conteúdo desse vídeo. Esse foi o início da alta do dólar. Com o leilão do Banco Central, a alta do dólar foi reduzida", explicou o economista.
*Estagiário sob a supervisão de Vicente Nunes