Bolsa abre em alta e dólar cai

Na contramão dos dados ruins do setor de serviços, operadores tentam se animar com alta de petróleo lá fora para minimizar perdas da véspera

Após encerrar a véspera com queda de 1,49%, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) iniciou o pregão desta terça-feira (12/05) com leve alta, puxada pela valorização do petróleo após a Rússia anunciar corte na produção. 

O barril do petróleo tipo Brent, referência no mercado internacional subia 2,70% e era negociado a US$ 30,41 para os contratos com entrega em junho. As ações da Petrobras, uma das principais do IBovespa,  registravam 2,04%.

Às 10h23, o Índice Bovespa subia 1%, levemente acima de 79 mil pontos. Enquanto isso, o dólar registrava queda de 0,89%, cotado a R$ 5,576. Poucos minutos depois, o impulso de alta oscilava entre 0,7% e 0,8%.

Esse movimento da Bolsa, no entanto, sinaliza o mercado tentando ignorar os problemas internos cada vez maiores após um novo decreto presidencial considerar até academias como serviços essenciais, na contramão dos governos estaduais que querem ampliar o isolamento social devido ao grande número de mortes e contágios da pandemia covid-19 no país. Lá fora, o movimento das bolsas é confuso, com algumas subindo e outras caindo sem uma tendência clara.

No mercado doméstico, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não são nada animadores. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje, mostra queda histórica de 6,9%, a maior desde o início da série, em 2011. E esses dados são referentes ao impacto na economia apenas na segunda metade de março, quando as medidas de isolamento social começaram a ser adotadas pelos governadores.

Vale lembrar que o setor de serviços tem um peso de 70% na geração de riqueza do Produto Interno Bruto (PIB) e isso indica uma queda mais forte no PIB do primeiro trimestre do que o mercado vinha prevendo.