Economia

Bolsa abre pregão com alta e volta a operar acima de 79 mil pontos

Dólar passa a ser negociado com leve queda, cotado abaixo de R$ 5,80, com sinais de trégua na guerra comercial entre China e Estados Unidos

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) abriu esta sexta-feira (8/5) com alta de 2% logo no início do pregão, voltando a ficar acima de 79 mil pontos, acompanhando a subida das bolsas norte-americanas. Enquanto isso, o dólar dava uma arrefecida após bater dois recordes seguidos e era negociado abaixo de R$ 5,80, com queda de 1,21%, cotado a R$ 5,759, diante da sinais de bandeira branca nas relações comerciais entre China e Estados Unidos.

As ações de empresas exportadoras continuaram sendo destaques nessa abertura, com Gerdau e Suzano registrando as maiores altas nos primeiros minutos de pregão, de 6,96% e 7,50%, respectivamente. A CSN também ganhava destaque com elevação acima de de 4%. Petrobras, apesar de não estar entre as cinco maiores altas, também operava no azul, avançando 3,3% no início das negociações da B3. Ações de bancos, que operavam no negativo na véspera, voltaram a registrar alta hoje. Entre as maiores baixas, Cielo e Cogna Educação, com quedas de 5,51% e 5,42%. A Natura, após divulgar prejuízo no primeiro trimestre dez vezes maior, registrava queda de 2%.

Mais cedo, os governos dos Estados Unidos e da China anunciaram que se comprometeram, por telefone, a aplicar a "fase um" do acordo comercial que tinha sido anunciado em janeiro como trégua da guerra comercial entre os dois países deflagrada em 2018. Segundo o pacto, Washington deveria suspender os aumentos de tarifas e Pequim intensificar as compras de produtos americanos em US$ 200 bilhões durante dois anos, na comparação com os números de 2017.

Os contratos futuros de petróleo registraram recuperação com a expectativa de trégua entre as duas potências do planeta. São negociados com alta de 1,70%, para o barril do óleo tipo Brent, cotado a US$ 29,90 para entrega em junho.

As bolsas internacionais também registraram leve melhora, mas as tensões, de acordo com analistas, “seguem presentes”. Na Alemanha, dados do governo apontaram para quedas de 11,8% das exportações e de 5,1% das importações, entre os meses de fevereiro e março. 

Desemprego recorde

Saiba Mais

Enquanto isso, o desemprego nos Estados Unidos registrou chegou a 14,7% em abril, após registrar a perda de 20,5 milhões de empregos em meio à crise provocada pela pandemia da covid-19, provocada pelo novo coronavírus, conforme dados publicados Departamento do Trabalho dos EUA. O setores de indústria, lazer e hotelaria foram os que registraram maiores reduções no número de vagas. 

Dados do mercado de trabalho nos EUA sugerem que queda do consumo das famílias será bastante intensa neste trimestre, de acordo com analistas. Os dados semanais de pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram pela quinta semana consecutiva, mas o patamar de 3,2 milhões de pedidos ainda é considerado elevado pelo mercado.