Economia

Correios ajudarão no cadastro



Os brasileiros que ainda não conseguiram solicitar o auxílio emergencial de R$ 600 poderão se cadastrar no programa indo a uma agência dos Correios, a partir da próxima semana. A possibilidade foi anunciada ontem pelo Ministério da Cidadania, com o intuito de ajudar as pessoas que têm direito ao benefício, mas não conseguiram acessar o aplicativo da Caixa.

“A partir de segunda ou terça-feira, as pessoas que têm mais dificuldade, que não conseguiram alguém ou alguma instituição que se dispusesse a auxiliar, poderão ir à agência dos Correios fazer ou refazer o cadastramento absolutamente gratuito. Os funcionários dos Correios vão ajudar as pessoas que têm mais dificuldade a obter o auxílio”, anunciou o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

Ele explicou que, apesar de 51,1 milhões de trabalhadores já terem solicitado os R$ 600 no aplicativo e no site da Caixa, o governo sabe que ainda há brasileiros que não pediram o auxílio emergencial por conta da dificuldade em usar os canais digitais ou da falta de acesso à internet. E, por isso, decidiu oferecer mais essa forma de cadastro.

“As pessoas que precisam de auxílio para fazer ou refazer seu cadastramento vão ter um novo canal”, salientou o ministro, que disse ter acertado essa parceria com o presidente dos Correios, o general Floriano Peixoto.

A ajuda no cadastro será oferecida pelos Correios para evitar a formação de novas filas e aglomerações nas agências da Caixa –– que continuará pagando o auxílio emergencial. “(O Correio) Não é lugar para ir receber dinheiro”, alertou.

Apesar de reconhecer a dificuldade de parte da população de baixa renda de usar os canais digitais do governo, o ministro da Cidadania garantiu que a decisão de fazer o cadastro do auxílio emergencial por um aplicativo e por um site foi acertada. Ele argumentou que 50 milhões de pessoas receberam o benefício e informou que a maior parte (37%) dessas pessoas se cadastrou pelo app da Caixa no Nordeste, região que apresenta as maiores restrições financeiras e tecnológicas do Brasil, segundo o governo. Outros 35% dos alistamentos vieram do Sudeste; 11% do Norte; 10% do Sul; e 7% no Centro-Oeste. (MB)