Em meio ao sobe e desce da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) que acumula perdas de 32% desde janeiro, o investidor acabou voltando para a velha caderneta. Conforme dados divulgados nesta quinta-feira (07/05) pelo Banco Central, a poupança registrou captação líquida de R$ 30,459 bilhões em abril. Essa foi a maior captação líquida mensal da série, que começou em janeiro de 1995.
Esse resultado é decorrente da diferença entre o volume de entrada de R$ 215,364 bilhões e da retirada de R$ 184,905 bilhões. A maior captação líquida da série tinha ocorrido em dezembro de 2017, de R$ 19,4 bilhões, de acordo com dados do BC. No acumulado do ano, a captação líquida soma R$ 26,7 bilhões.
“A Bolsa está muito volátil e o investidor brasileiro tem bastante aversão ao risco. Como o mercado vem acumulado perdas, ele acaba voltando para a poupança, que ainda é vista como um porto seguro para o aplicador”, avaliou Rebeca Nevares, sócia fundadora da Ella’s Investimentos, assessoria credenciada à XP Investimentos.
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No acumulado do quadrimestre, as perdas acumuladas da B3 somaram R$ 1,29 trilhão em valor de mercado, conforme dados da Economática.