Os brasileiros que tiveram o auxílio emergencial negado, mas perderam o emprego durante a pandemia do novo coronavírus podem solicitar novamente o benefício de R$ 600 e receber a ajuda do governo. A possibilidade foi confirmada pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, nesta quinta-feira (07/05).
"As pessoas que estavam empregadas, mas perderam o emprego durante a vigência [do auxílio emergencial], até 3 de julho, essas poderão se recadastrar, porque está na data base da Receita que não estão mais empregadas. É
o caso mais simples de pessoas que tiveram o benefício invalidade porque estavam empregadas e, ao perderem o emprego, poderão receber", afirmou o presidente da Caixa.
Saiba Mais
O discurso do presidente da Caixa corrobora o estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado que alerta para a probabilidade de o número de brasileiros elegíveis aos R$ 600 superar novamente as estimativas do governo por conta do avanço do desemprego.
Segundo a IFI, é provável que o número de beneficiados pelos R$ 600 passe dos atuais 50 milhões para 79,9 milhões de pessoas por conta do impacto da crise do coronavírus na renda e no trabalho da população brasileira. O aumento forçaria o governo a elevar em mais R$ 30 bilhões o orçamento do programa, levando esse orçamento a R$ 154,4 bilhões.
E esse aumento equivale apenas ao cenário mais provável, segundo a IFI. A instituição acredita que, caso o impacto do coronavírus no mercado de trabalho seja maior que o esperado, o número de elegíveis aos R$ 600 pode chegar até a 112 milhões de pessoas - mais da metade da população brasileira -, o que elevaria o orçamento do programa para R$ 217 bilhões.