O último dia de abril revelou os primeiros efeitos da pandemia sobre o Produto Interno Bruto da Zona do Euro, do México e dos Estados Unidos. A economia da Eurozona registrou contração de 3,8% no primeiro trimestre de 2020, quando foram adotadas medidas para conter o avanço do novo coronavírus. Foi o retrocesso trimestral mais expressivo da série histórica, conforme anunciou ontem a Eurostat (agência europeia de estatísticas).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou em suas últimas previsões uma contração de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 para o conjunto dos 19 países da zona do euro em consequência do coronavírus. A instituição não descarta a possibilidade de um impacto ainda maior.
A primeira estimativa da agência europeia de estatísticas foi precedida por resultados negativos anunciados por algumas das principais economias da Eurozona entre janeiro e março: queda de 5,8% na França e de 5,2% na Espanha, à espera da divulgação dos dados da Alemanha e da Itália. O percentual de desempregados subiu um décimo na comparação com fevereiro, quando registrou o menor nível desde março de 2008. A Holanda teve o menor índice, 2,9%.
Auxílio-desemprego
Nos Estados Unidos, mais de 3,8 milhões de pessoas solicitaram auxílio-desemprego pela primeira vez, na sexta semana de isolamento social, encerrada em 25 de abril. Assim, o total de pedidos superou a marca dos 30 milhões. Mesmo sendo alto, o número representa uma queda em relação à semana anterior, quando aproximadamente 4,4 milhões de cidadãos requereram o benefício. Economistas esperavam uma média de 3,5 milhões de pedidos.
Com essa taxa de desemprego, houve reflexos no desenvolvimento econômico dos EUA. O PIB caiu 4,8% no primeiro trimestre de 2020, conforme divulgado pelo U.S Bureau of Economic Analysis (BEA), escritório de estatísticas econômicas do país. Foi o pior resultado desde a crise de 2008.
Já o México apresentou, no primeiro trimestre de 2020, uma queda no PIB de 1,6%. Segundo o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi), enquanto as atividades secundárias e terciárias caíram em 1,4%, as primárias aumentaram 0,5% em relação aos três meses imediatamente anteriores.
*Estagiários sob supervisão de Fabio Grecchi