“O PL de reinclusão é uma desafio. Estava avançando, com a Câmara concordando. Mas o Senado tem resistência. E este governo não tem a maioria do Congresso”, afirmou. Segundo ele, o PL ia passar na Câmara. “Mais duas semanas e a gente teria conseguido. Mas veio a crise. Talvez lá por junho ou julho, com algum rearranjo, possamos voltar com ele. Eletrobras é uma questão de timing. Não passa agora, mas passa depois”, afirmou.
No cronograma inicial de privatizações, a venda da estatal de energia estava prevista para outubro de 2020. A nova previsão é segundo trimestre de 2021. “A Eletrobras precisa investir R$ 14 bilhões por ano e só tem R$ 3 bilhões. Necessita de R$ 11 bilhões e só o capital privado poderá aportar isso na companhia”, destacou.
Indagado pelos diretores do Credit Suisse sobre o projeto de fast track (acelerador) que a secretaria queria apresentar ao Congresso a fim de ter mais agilidade para tocar as privatizações, Mattar disse que não há ambiente para isso agora. “Não tem momento para fast track, porque é uma carta em branco e isso não faz o estilo do Congresso. Não está completamente fora do meu radar, mas está afastado porque teria muita dificuldade de passar”, justificou.
Correios
O secretário disse que é fácil calcular o valor das empresas listadas em Bolsa e também não é difícil determinar quanto valem as participações da União. No entanto, segundo ele, é complicado quantificar alguns ativos. “Correios, por exemplo, quanto vale? Não posso dizer, porque está sendo feita modelagem, se vamos vender tudo ou em pacotes”, ressaltou.