O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (29) que vai continuar com a agenda de ajuste fiscal e de reformas porque acredita que esse é o melhor caminho para a retomada econômica no pós-coronavírus, mas também porque foi essa foi a agenda econômica que elegeu o presidente Jair Bolsonaro.
“O presidente Jair Bolsonaro foi eleito com um programa muito claro econômico. Houve uma expansão descontrolada dos gastos públicos e essa expansão acabou corrompendo a democracia e estagnando a economia. Ficamos com juros mais altos, com impostos elevados. O programa do presidente é justamente um programa de transformação do estado brasileiro. Se o Brasil ficou fechado por muitos anos, nós vamos abrir. Se subiu impostos, vamos reduzir e simplificar. Se teve juros altos, vamos reverter isso”, afirmou Guedes.
O ministro da Economia ainda disse que a orientação do programa econômico que elegeu o presidente Jair Bolsonaro também passa pela “correção da hipertrofia do governo central”. Ou seja, pela redução da participação do estado na economia - ideia que não combina com o plano de aumentar os investimentos públicos, que chegou a ser cogitado pela Casa Civil na semana passada através do plano Pró-Brasil.
Por isso, Guedes fez questão de reforçar que o Pró-Brasil não passava de um estudo. E ele contou com a ajuda do ministro da Casa Civil, Braga Netto, para isso. Os dois apareceram juntos, em uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, para dizer que não há nenhum racha no governo em relação ao melhor caminho da retomada econômica no pós-coronavírus. Os ministros alegaram que o Pró-Brasil representa apenas a lista de pleitos dos diversos ministérios do governo. Lista que ainda será avaliada pelo presidente Jair Bolsonaro, de acordo com as recomendações da equipe econômica.
E o ministro da Economia garantiu que o mercado tem recebido de forma positiva essas sinalizações, que começaram já na segunda-feira (27), quando o presidente Jair Bolsonaro tentou acabar com os boatos de que o seu Posto Ipiranga poderia seguir o caminho de Sergio Moro e deixar o governo dizendo que “o homem que decide sobre a economia é um só, Paulo Guedes”.
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Ele, portanto, tratou de reforçar mais uma vez a mensagem de que o ajuste fiscal e as reformas continuam como a prioridade econômica do governo. “Vamos seguir no mesmo caminho. Vamos juntos vencer a crise da saúde e atravessar a crise econômica”, disse Guedes, ao lado de Braga Netto que reforçou a cooperação com a equipe econômica, inclusiva na análise dos pleitos do Pró-Brasil, que deve começar nesta quinta-feira (30).