O Ãndice de Liquidez (IL) do Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 2,38 em junho de 2019 para 2,43 em dezembro, conforme o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado nesta quarta-feira, 29, pelo Banco Central.
Esse indicador é usado para avaliar a capacidade de pagamento de instituições financeiras em relação a suas obrigações. Ele representa a relação entre os ativos mais lÃquidos do sistema bancário e a honra de seus compromissos em um prazo de 30 dias. Quanto maior o número, mais confortável é a situação de liquidez dos bancos.
Já o Ãndice de Liquidez Estrutural (ILE) passou de 1,16 em junho do ano passado para 1,13 em dezembro. O desejável é ter um Ãndice perto ou acima de 1, já que esse termômetro serve para verificar quanto as instituições possuem de recursos estáveis em seus passivos para fazer frente a um ativo de mais longo prazo - seja ele crédito, investimento ou participação societária, entre outros.
Os dados divulgados nesta quarta pelo Banco Central têm como referência o mês de dezembro do ano passado - portanto, bem antes da crise provocada pela pandemia do novo coronavÃrus. Os números, no entanto, servem como referência para se avaliar a situação do sistema financeiro brasileiro antes da crise, que se intensificou em março.
Ãndice de Basileia
Segundo o BC, o Ãndice de Basileia do SFN atingiu 17,1% em dezembro de 2019, ante uma taxa de 18,0% verificada em junho do ano passado.
O Ãndice de Basileia é um conceito internacional, definido pelo Comitê de Basileia, que estabelece uma relação mÃnima entre o Patrimônio de Referência (PR) e os ativos ponderados pelo Risco (RWA) dos bancos.
No Brasil, o Ãndice a ser obedecido é de 8%. O porcentual significa que, para cada R$ 100,00 que um banco empresta, a instituição precisa ter R$ 8,00, levando-se em consideração o nÃvel mÃnimo regulatório.
ROE
O Retorno Sobre Patrimônio LÃquido (ROE) do sistema bancário atingiu 16,5% ao ano em dezembro de 2019, ante taxa de 15,8% em junho do ano passado.
De acordo com o BC, "a rentabilidade foi influenciada positivamente pelo crescimento da carteira de crédito com um mix mais rentável (aumento da margem de crédito bruta), acréscimo em resultado de participações e pela melhora na eficiência operacional dos bancos públicos". "Não obstante, as despesas de provisão apresentaram relevante acréscimo, viabilizada em contrapartida pelas rendas oriundas da reprecificação do crédito tributário, e reduziram a margem de juros lÃquida de provisão."