Correio Braziliense
postado em 28/04/2020 15:37
Em meio à s condições adversas no mercado provocadas pela crise da pandemia do novo coronavÃrus, o Tesouro Nacional registrou em março o menor volume de emissões de tÃtulos da dÃvida em uma década. Em março de 2020, o governo brasileiro emitiu R$ 21,583 bilhões em novos papéis, o menor valor desde maio de 2010.
Apesar disso, o Tesouro garante que não há dificuldades para a rolagem da dÃvida.
"No perÃodo de volatilidade, as condições do mercado se deterioraram, havendo redução de liquidez e perda de referência de preços, tanto que o Tesouro realizou leilões extraordinários de compra e venda", explicou o coordenador-geral de operações da DÃvida Pública, Luis Felipe Vital.
"Durante as atuações, não foram realizados leilões tradicionais, o que justifica o menor volume de emissão", acrescentou.
O Tesouro registrou um resgate lÃquido de R$ 121,99 bilhões na DÃvida Pública Federal em março, o que significa que os investidores mais retiraram recursos de seus investimentos nos papéis do Tesouro do que o PaÃs vendeu em novos tÃtulos para se financiar no mercado.
Apenas em leilões extraordinários, o Tesouro comprou R$ 35,561 bilhões em tÃtulos e vendeu apenas R$ 2,466 bilhões. Nessas atuações, portanto, o resgate lÃquido foi de R$ 33,095 bilhões.
Apesar desse cenário, Vital garantiu que não há dificuldades para a rolagem da dÃvida. "Não há nenhuma dificuldade para a rolagem da dÃvida. Sobre o colchão de liquidez, ele é suficiente para garantir, pelo menos, seis meses de vencimentos", afirmou.
DPF
A parcela de tÃtulos prefixados na DÃvida Pública Federal (DPF) subiu em março, para 30,63%. Em fevereiro, estava em 29,89%. Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, ficaram com uma fatia menor, passando de 39,34% para 37,74%.
Os tÃtulos remunerados pela inflação subiram para 26,38% do estoque da DPF em março, ante 26,31% em fevereiro. Os papéis cambiais tiveram aumento na participação na DPF de 4,46% para 5,24% em março.
Já a parcela da DPF a vencer em 12 meses subiu de 19,05% em fevereiro para 21,41% em março, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dÃvida apresentou aumento de 3,98 anos para 4,00 anos no mesmo perÃodo.
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