Após a frustração da parceria com a americana Boeing na unidade de jatos comerciais, a Embraer anunciou que abriu um processo de arbitragem contra sua parceira de longa data. A arbitragem é um procedimento sigiloso usado na solução de conflitos em negociações sem envolver a Justiça. O modelo, mais rápido, dispensa protocolos do Judiciário. Ao invés de um juiz, o processo é julgado por uma pessoa eleita pelos envolvidos e especialista na área, no caso, a aviação.
Firmada em 2018, a parceria avaliada em US$ 5,26 bilhões previa a criação de uma empresa conjunta que ficaria sob comando da Boeing, com 80% de participação. A Embraer ficaria com os 20% restantes, e poderia vender a sua parte para a americana.
Apesar do fracasso na negociação, o Planalto tem uma avaliação positiva. O presidente Jair Bolsonaro disse que o governo vai avaliar a possibilidade de a Embraer ser adquirida por outras empresas. Já o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou que a China pode ser uma alternativa. “A Embraer tem uma tecnologia, tem um know-how nessa aviação de porte interna. E a China é o país que no presente momento está expandindo esse tipo de aviação", disse em videoconferência de uma consultoria política.
* Estagiário sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza