Economia

Produção da Petrobras cresce, apesar da crise de covid-19

Segundo o relatório da empresa, houve um crescimento de 14,6% na produção total, 13,3% na produção comercial e 17,7% na produção de óleo

A produção da Petrobras cresceu, no primeiro trimestre deste ano, comparado a igual período de 2019, apesar da crise de covid-19. O dado faz parte do relatório trimestral, divulgado nesta segunda-feira (27/4) pela companhia.

Segundo o relatório, houve um crescimento de 14,6% na produção total, 13,3% na produção comercial e 17,7% na produção de óleo.

“Os efeitos negativos da recessão global provocada pela crise de saúde pública não chegaram a impactar de forma substancial a performance da produção e vendas no 1T20. A produção média de óleo, LGN [líquido de gás natural] e gás natural foi de 2.909 Mboed [milhões de barris de óleo equivalente] implicando em produção comercial de 2.606 Mboed e produção de petróleo de 2.320 Mbpd”, informou a estatal.

Entre os motivos do crescimento na produção, pesa a crise econômica resultante da pandemia mundial, estão o crescimento da produção de plataformas que entraram em operação nos anos de 2018 e 2019, como P-74, P-75, P-76 e P-77 no campo de Búzios, P-67 e P-69 no campo de Lula e P-68 nos campos de Berbigão e Sururu.

O relatório aos acionistas inicia o texto prestando solidariedade a todos os atingidos pelo coronavírus no Brasil e no mundo, especialmente aos profissionais de saúde. Em seguida, reproduz uma fala do presidente da estatal, Roberto Castello Branco, tecendo considerações ao momento atual da empresa.

“O petróleo tem sido e será ainda por muito tempo essencial para o funcionamento da economia moderna. Estamos fortemente comprometidos em promover a resiliência da Petrobras ao cenário global extremamente hostil à indústria do petróleo. Apesar dos enormes desafios estamos confiantes que, com a dedicação e o talento de nossos colaboradores, concretizaremos esse objetivo. As lições aprendidas nesta crise contribuirão para nos transformar numa companhia mais forte e geradora de valor”, disse Castello Branco.

Saiba Mais

A companhia admitiu que os esforços de redução na mobilidade dos brasileiros, feitos por prefeituras e governos dos estados, no mês de março, acabaram reduzindo o consumo de derivados de petróleo, notadamente gasolina e diesel. Porém, ao mesmo tempo, foi verificado um crescimento no uso do gás liquefeito de petróleo (GLP), usado como gás de cozinha.

“Apesar do resultado positivo no 1T20, as restrições para a movimentação de pessoas e para o funcionamento de segmentos da economia a partir do final do trimestre tiveram como consequência uma queda abrupta na demanda interna por derivados de petróleo, com exceção do GLP. Foram feitas otimizações nas nossas plantas de forma a adequar a produção de derivados ao novo perfil de demanda, buscando alcançar a máxima rentabilidade do parque de refino. A produção média total de derivados no 1T20 foi de 1.836 Mbpd, superando em 2,4% a produção do 4T19”, relatou a empresa.