Governo planeja retomar atividades econômicas pelo futebol

Secretário de Produtividade está conversando com a CBF a retomada dos jogos de futebol, com portões fechados

O governo federal está preparando um "grande plano de retomada econômica, para fazer com que o país volte a suas atividades de maneira planejada e cautelosa". A ideia é começar a retomada pelos jogos de futebol em breve e logo depois partir para atividades como, bares, restaurantes e indústrias. Porém, ainda não tem data para começar.

O planejamento da reabertura foi confirmado pelo secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Da Costa, nesta segunda-feira (27). Costa falou sobre o assunto ao apresentar detalhes da MP 958, que promete facilitar o acesso ao crédito durante a pandemia do novo coronavírus, em entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto. Ele alegou que não basta oferecer crédito sem retomar as atividades produtivas das empresas brasileiras.

"Não adianta apenas crédito, se as empresas estão fechadas. Estamos trabalhando em um grande plano de retomada econômica, para fazer com que nosso país volte a suas atividades de maneira planejada e cautelosa. [...] ", afirmou Costa, que disse já estar conversando com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para dar início a esse processo de retomada pelo futebol e "em breve".

A ideia que está em estudo no caso do futebol, segundo o secretário, é realizar jogos com portões fechados, seguindo protocolos planejados de saúde e de testes para coronavírus que garantam a proteção e a saúde da população e de todos os trabalhadores envolvidos nos jogos. "O que está certo, só faltam os detalhes da data e do protocolo, é que em breve teremos jogos de futebol para a população torcer pelo seu clube", disse Costa, ressaltando que "a ideia não é fazer um grande evento esportivo, porque os portões estarão fechados".

Segundo Costa, a retomada planejada do futebol representa o espírito que o governo quer levar para as demais atividades produtivas. Ele destacou, por sua vez, que qualquer reabertura deve seguir três pontos básicos: o planejamento, as recomendações do Ministério da Saúde e o protocolo de segurança/saúde que for desenhado para cada tipo de atividade.

O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, reforçou que esse processo de reabertura da economia vai seguir as recomendações do Ministério da Saúde. Ele frisou que a pasta não estava recomendando a abertura de toda a economia nacional neste momento, mas está atenta à melhor forma de fazer esse movimento, visto que diversos estados e municípios já estão planejando as suas retomadas. "Sabemos que é importante e que em algum momento a retomada deve começar, mas sempre respeitando todas as regras da saúde. O Ministério da Saúde é que dá esse tom e nós acompanhamos", assegurou Guaranys.

Os secretário ressaltaram, contudo, a importância dessa retomada para a economia. Segundo Costa, esse movimento vai atenuar a crise econômica causada pela Covid-19, evitando demissões e permitindo que os trabalhadores autônomos voltem a gerar renda. "Não tem porque seguramos a economia e impedir as empresas de voltar a funcionar, desde que não tenha impactos sobre a saúde. Cada vez que deixamos a economia sem funcionar, quando pode, sem ter impacto sobre a saúde das pessoas, menos empregos serão gerados", alegou Costa, concluindo que "obedecendo as restrições de saúde, nós precisamos trabalhar, produzir, preservar empregos".