A saída de Moro movimentou o mercado desde o início do dia, pois, para os analistas, o governo de Jair Bolsonaro perde força com a saída de um dos seus "superministros". E esse baque foi maior que o esperado, porque o pronunciamento de despedida de Moro foi considerado "duro e incisivo". O silêncio mantido pelo presidente até o fim do dia, quando o mercado já estava fechando, também deixou dúvidas sobre o rumo do governo a partir de agora. Por isso, os analistas precificaram até a possibilidade de que o ministro da Economia, Paulo Guedes - que era considerado o segundo pilar do governo, junto com Moro - seja o próximo a sair do mercado. E aí os números superaram todas as expectativas.
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Ainda assim, a Bolsa seguiu em baixa e o dólar continuou em alta durante todo o dia. Por isso, o Ibovespa fechou aos 75.330 pontos, com a maior queda de todo o mês de abril. Já o dólar fechou em alta de 2,33%, no novo recorde diário de R$ 5,65. Foi o terceiro dia consecutivo de recorde da moeda, que acumulou uma alta de 8% nesta semana, na pior semana de 2020.