O ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi, entrou em rota de colisão com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), uma das principais entidades do agronegócio brasileiro. A associação divulgou ontem um manifesto de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo Maggi, que integrou a equipe ministerial do presidente Michel Temer, não é papel de uma entidade que representa toda uma categoria esse tipo de postura. O ex-ministro entende que uma associação não pode se manifestar para apoiar governo, independentemente da cor partidária ou ideologia.
A Aprosoja Brasil representa mais de 240 mil agricultores em 16 estados. No manifesto, o grupo elogia o “compromisso” de Bolsonaro de valorizar o setor primário e faz um apelo para as lideranças do Congresso deixarem de lado “as diferenças políticas” e buscarem um “consenso”. A Aprosoja disse ainda que o setor do agronegócio está empenhado em contribuir para a superação da crise da Covid-19 no Brasil.
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Nas redes sociais, Maggi também criticou ataques virtuais contra a China, em razão da pandemia do novo coronavírus. “Se parar de circular as mercadorias entre o Brasil e a China, você pode fechar a agricultura. Não dá para ficar desacatando aquele que é seu maior cliente”, alertou.