Economia

Campanha 'Vem Morar' busca estimular o mercado imobiliário durante a crise

Além de seis meses de carência oferecidos pela Caixa, a CBIC e Abrainc concederão desconto de, no mínimo, R$ 3 mil

A Caixa Econômica Federal anunciou recentemente medidas de estímulo ao mercado imobiliário. A ação teria o objetivo da manutenção e geração de novos empregos durante a pandemia que o mundo enfrenta. Para aproveitar o momento a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) se juntaram para criar a campanha Vem Morar. A campanha é uma parceria do setor da construção civil com a Caixa, terá duração de 60 dias e contempla todos os segmentos imobiliários.

 

A ação prevê carência de seis meses no início do pagamento do financiamento por parte da Caixa. Já as construtoras e incorporadoras deverão conceder um desconto mínimo de R$ 3.000. "Estamos dando algum tipo de beneficio de no mínimo três mil. Isso pode vir em um desconto, uma taxa, um imposto", explica José Carlos Martins, presidente da CBIC. Ele ainda destaca que esse é o valor mínimo e, dependendo do valor do imóvel, o benefício pode aumentar.

 

O presidente da Abrainc, Luiz Antônio França, acredita que com esse incentivo as pessoas deverão se sentir mais atraídas a investir no setor. "Isso é um diferencial que nunca foi feito antes", destaca ele sobre o período de carência oferecido. Ele ainda explica que as vendas são fundamentais para o setor. "Novos lançamentos são importante, porque isso garante que as pessoas continuem trabalhando", pondera.

 

Martins ainda pontua o principal objetivo dessa campanha: "No fundo no fundo, é manter empregos. É a nossa parte, que estamos fazendo". Ele ainda explica que, durante o período de crise, o mais importante é manter as pessoas empregadas. "Nosso setor tem uma importância muito grande na geração de empregos", destacou França.

 

Apesar de reconhecer a importância da ação, tanto França, quanto Martins ainda não conseguem projetar valores que a medida deverá movimentar. "Primeiro, em uma campanha dessas, o que se tenta e restabelecer o que estava planejado", explicou Martins. França ainda pontuou que não existe um estudo para saber a demanda gerada em função do estímulo.