Apesar de projeções negativas, o mercado brasileiro seguiu em linha com o otimismo do exterior nesta terça-feira (14/4). O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), chegou a subir 3%, mas atenuou ganhos e terminou com alta de 1,37%, a 79.918 pontos. Nos Estados Unidos as bolsas tiveram desempenhos mais fortes. O S&P 500 avançou 3,06%, enquanto o Dow Jones teve ganhos de 2,39% e Nasdaq de 3,39%. Já o dólar comercial, que operou com bastante volatilidade, passou a maior parte do pregão em queda, mas acabou terminando com leve variação positiva de 0,09%, se mantendo em R$ 5,19.
O índice acionário brasileiro acelerou ganhos após a divulgação dos dados do comércio exterior da China, que apresentaram números melhores que os esperados no mês de março. As exportações da segunda maior economia do mundo caíram 6,6% e as importações recuaram apenas 0,9%, diante de projeções de baixas de 14% e 9,5%, respectivamente. O indicador econômico coaduna com as notícias mais esperançosas sobre o coronavírus no mundo.
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Para o economista Renan Silva, da BlueMetrix, os dados mostram que o desaquecimento da economia não foi tão agressivo como se esperava. “Não quer dizer que não houve uma deterioração nos números, contudo foram como um alento mostrando um cenário um pouco mais favorável. Temos um certo otimismo também visto em inúmeras possibilidades de um medicamento que possa demonstrar sua eficiência e ser utilizado em larga escala contra o coronavírus. Mas os fatores de retomada dos investimentos ainda são em uma onda especulativa com a busca por ações que ficaram extremamente baratas no momento de pânico ocorrido na bolsa”, afirmou.
*Estagiária sob supervisão de Fernando Jordão