O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, disse nesta segunda-feira, 13, que o governo poderá criar "algo mais racional" na estrutura de benefÃcios sociais após a crise da pandemia da covid-19. Segundo ele, a experiência com o auxÃlio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos e desempregados - que vem sendo comparada a uma renda básica universal - pode dar as balizas para essa discussão.
"A mudança em benefÃcios sociais é um caminho. VÃnhamos pensando isso de maneira ampla, mas o momento é de superar crise. No futuro, junto com o Ministério da Cidadania, podemos criar algo mais racional para benefÃcios sociais passando a crise", disse.
Bianco ressaltou ainda que todas as polÃticas de combate à crise desenhadas pela equipe econômica passam por "crivo muito criterioso" do ponto de vista de custo, sob orientações do ministro da Economia, Paulo Guedes.
"O ministro está convicto de que todos os nossos passos são com responsabilidade fiscal e olha não só agora, mas o futuro. Todos os nossos passos são absolutamente sob a ótica e o viés econômico", disse. "O ministro está convicto de que nossas medidas cabem dentro do orçamento", acrescentou.
O governo já anunciou R$ 98 bilhões para o auxÃlio emergencial e R$ 52 bilhões para o pagamento de benefÃcios a trabalhadores formais que tiverem redução de jornada e salário ou contrato suspenso.
A medida do governo permite que essas reduções ou suspensões sejam feitas por acordos individuais para trabalhadores com remuneração até R$ 3.135 ou com ensino superior e salário maior que R$ 12.202,12.
"O acordo individual demora menos, mas não se sobrepõe aos coletivos", disse Bianco. Segundo ele, os acordos coletivos podem ser mais ágeis em grandes empresas, mas isso não se verifica em micro, pequenas e médias empresas.