Conforme levantamento feito pela Associação Brasileira das Entidades de Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o retorno médio dos papéis do governo ficou negativo em 0,99% no primeiro trimestre deste ano. Esses valor é nominal, ou seja, sem o impacto da inflação. Em março, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu apenas 0,07%, acumulando alta de 0,53% no trimestre. Com isso, as perdas médias para o investidor seriam de 1,52% no trimestre. Contudo, esse prejuízo foi menor do que as perdas do Índice Bovespa no mesmo período, de 36,9%, um recorde histórico para os primeiros três meses do ano.
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Contramão
Na contramão, ficaram os prefixados de prazos mais curtos, que tiveram ganhos embora menores do que o investidor estava acostumado. Segundo dados da Anbima, o IRF-M1, que acompanha os papéis com vencimento de até um ano, teve alta nominal de 1,43% no trimestre. Descontada a inflação do período, o ganho real foi de 0,9%. Já o IRF-M1 , que reflete os prefixados com prazos acima de um ano, subiu 1,44% no mesmo período. Em março, esses indicadores apresentaram, respectivamente, ganho de 0,60% e recuo de 0,47%.
De acordo com a associação, os títulos corporativos também apresentaram recuos em março e no primeiro trimestre. Os ativos indexados ao CDI, representados pelo Índice de Debêntures Anbima (IDA), o IDA-DI, tiveram queda de 4,87% no mês e de 4,09% no ano. Já as debêntures incentivadas, com vencimentos mais longos, acompanhadas pelo IDA-IPCA Infraestrutura, tiveram variações negativas de 6,04% e de 4,51%, respectivamente.