Economia

31,5 milhões de trabalhadores informais pediram auxílio de R$ 600

A Caixa Econômica Federal, responsável pelos repasses, divulgou o boletim mais recente às 18h desta sexta-feira (10/4)

Desde a última quarta-feira (8/4), 31,5 milhões de pessoas se cadastraram para receber o auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo governo a trabalhadores informais, com o objetivo de minimizar o impacto da crise de coronavírus. A Caixa Econômica Federal, responsável pelos repasses, divulgou o boletim mais recente às 18h desta sexta-feira (10/4).

Entre as pessoas que pediram o benefício pela internet, 12,6 milhões, o equivalente a 40,1% do total, pedem a abertura de uma conta poupança digital. O serviço será prestado de graça pela Caixa, para fazer os depósitos de quem não tem conta na instituição ou no Banco do Brasil. O governo acredita que 30 milhões de contas devem ser criadas.

Até o momento, o site e o aplicativo foram acessados 271,6 milhões de vezes. A central de atendimento recebeu 8,6 milhões de ligações desde quarta-feira, sendo 1,8 milhões só nesta sexta-feira. O aplicativo foi baixado 31,8 milhões de vezes. A maioria dos downloads, 30,6 milhões, são no sistema operacional Android. O restante, 1,2 milhão, pelo iOS, do iPhone.
 
 

Pagamentos


A Caixa começou a pagar os benefícios nesta quinta-feira (9/4). No primeiro lote, mais de 2,5 milhões de trabalhadores receberam a primeira das três parcelas de R$ 600 que serão pagas até o fim de maio. Os depósitos somam R$ 1,5 bilhão de reais. Ao final do período de duração do programa, o auxílio chegará a 54 milhões de pessoas e custará R$ 98 bilhões, pelos cálculos do governo.

Do total, 2,1 milhões de pessoas receberam pela Caixa. Outras 436 mil, pelo Banco do Brasil. Por enquanto, o dinheiro só entrou na conta de quem está no Cadastro Único (CadÚnico) do governo, mas não recebe Bolsa Família. Os beneficiários do programa de transferência de renda vão ter acesso a partir de quinta-feira da semana que vem (16/4), cronograma já adotado atualmente.

Quem se cadastrou pelo site ou pelo aplicativo recebe a partir da semana que vem. Na terça-feira (14/4), será a vez de Microempreendedores Individuais (MEIs), contribuintes individuais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e mães chefes de família. O terceiro grupo têm direito ao dobro, R$ 1,2 mil.
 
 

Limitações


Cada parcela de R$ 600 ficará na conta dos beneficiários apenas por 90 dias depois que for depositada. O governo vai pegar de volta os valores que não forem usados, transferidos ou sacados dentro desse prazo. A informação está no decreto 10.316, assinado na última terça-feira (7/4) pelo presidente Jair Bolsonaro, para regulamentar o pagamento. A primeira parcela só poderá ser movimentada pelo titular da conta até julho. A última, creditada em junho, perde a validade em setembro.

Saiba Mais

O governo garantiu que o valor não poderá ser usado para pagar dívidas com bancos, como com cheque especial. A ressalva, no entanto, não está no decreto. Ainda assim, o Banco do Brasil reafirmou ontem o compromisso de não usar os recursos para esse fim. Os bancos privados se posicionaram no mesmo sentido, em nota publicada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), na última terça-feira.

Não é preciso ir às agências bancárias para ter acesso ao auxílio. O pedido deve ser feito pela internet, e o dinheiro pode ser movimentado pelos aplicativos e sites das instituições, sem sair de casa. Quem receber o crédito pode, por exemplo, pagar boletos e contas de água, luz e telefone e fazer transferências sem sair de casa.