“A democracia é um valor fundamental. Financiar a democracia é fundamental. Mas, nesse curto prazo, o governo deve usar todos os recursos. É fundamental. Terá que ser restabelecido. Mas, o governo tem prerrogativa de mexer. O parlamento pode, apenas, mudar o dinheiro que não foi gasto dentro da MP. Há uma polêmica que não é verdadeira. O governo tem toda liberdade de usar. Nesse curto prazo o recurso para eleição não é relevante e o governo tem todas as condições de usar. Não usa porque tem uma narrativa contra o congresso”, acusou.
Para Maia, se o governo vai gastar R$ 600 bilhões, “é óbvio que esse recurso já será usado para a crise”. “É óbvio que o que está vinculado desse recurso será usado, e teremos que ver como se organiza no fim do ano. O que a gente não pode é pensar que eleição não é importante. A última vez que não fizemos eleição foi na ditadura. Prorrogar mandato não é uma decisão simples. O presidente não tem maioria no parlamento. Ele não está com essa agenda. Não tem essa intenção. Mas, no futuro, um presidente que tenha apoio no parlamento, pode tentar prorrogar por seis meses, um ano. Mas não falo do Bolsonaro. Ele não em essa intenção”, destacou.
Relações internacionais
Rodrigo maia também comentou as crises que a família de Jair Bolsonaro e membros do primeiro escalão tem gerado nas relações com a China, o principal parceiro internacional do Brasil. Na visão de Maia, os disparos de aliados do presidente contra o governo Chinês atrapalham a relação com o país. “Não apenas no curto, mas a médio e longo prazo. Teve uma notícia ontem de que os Estados Unidos passaram a vender soja para a China. Fico pensando o que faz um ministro pegar uma relação histórica e usar a Turma da mônica para desqualificar a China. É uma besteira, um erro”, disparou.
Saiba Mais
Para Maia, o entorno de Bolsonaro mais atrapalha que ajuda. “Acredito que a China não vai deixar de vender os produtos do Brasil, mas ela olha para a economia americana que é maior que a nossa. Na hora da escolha, a economia americana leva vantagem. E as pessoas tem que ter cuidado. E o eleitor do Trump não vê a América do Sul como relevante para eles”, explicou.