Economia

Trabalho para reter clientes

A pandemia acelerou os projetos da clínica de fisioterapia Fisiotrauma, conta Arlley Kennedy, 26 anos, coordenador de negócios do estabelecimento. “Montamos uma plataforma virtual para não perder os clientes. Acreditamos no atendimento personalizado, isso nunca poderia ser automatizado”, afirma. Assim, cada um dos 20 fisioteurapeutas da clínica ficou responsável pelos seus pacientes. Os profissionais orientam os clientes por videoconferência. “Lançamos o Desafio quarentena do bem, para manter a saúde mental dos pacientes, com dicas de leitura, atividades físicas, meditação e aulas completas de pilates”, ressalta.

Arlley diz que as redes sociais estão sendo fundamentais para garantir o contato com os pacientes e até conquistar novos clientes. “Tivemos que inovar para fazer o diagnóstico a distância, por meio de teleconsulta, em videoconferência. Há métodos sem o toque. E um diferencial é o atendimento personalizado, porque, na clínica, há um volume maior de pacientes”, destaca. O projeto já existia, lembra o coordenador, mas precisou ser acelerado para manter a clínica com saúde financeira para a retomada, quando o coronavírus for só uma lembrança triste. “A crise fez com que eu desenvolvesse em seis dias o que pretendia fazer em seis meses.”

Personalizado
Evaldo Ribeiro, hairstylist, 37 anos, 20 de profissão, adaptou os cuidados do salão à nova realidade que impede suas clientes de saírem de casa. “Recebia muitas mensagens das clientes, sobretudo as que pintam os cabelos regularmente. Surgiu a ideia de fazer um kit personalizado. Mandamos em embalagens fechadas para não oxidar, com seringas para fazer a dose certa do shampoo específico pós química, condicionador e creme de proteção da pele”, conta. Quando as clientes têm dúvidas, Evaldo faz videoconferência. “Estou conseguindo manter as clientes e até ganhar novas”, revela.

Em um mundo tecnológico, as startups também vislumbraram oportunidades de ganhar corpo em tempos de isolamento social. A Olist ajuda varejistas a aumentarem suas vendas ao criar uma vitrine virtual gratuita que ajuda os comerciantes a melhorarem sua exposição on-line. Com o aplicativo, em menos de três minutos o usuário consegue cadastrar seus produtos ou serviços on-line e tira dúvidas dos seus clientes diretamente pelo Whatsapp. “Muitos negócios ainda não possuem uma loja virtual própria e isso atrapalha nas negociações. Criamos o Olist Shops para ajudar os pequenos varejistas. Em sete dias, tivemos 110 cadastrados”, explica o CEO, Tiago Dalvi (SK).