Essa análise é baseada na avaliação de impacto divulgada na semana passada, em um cenário em que restrições severas de viagens duram três meses, segundo o qual a demanda no ano inteiro cai 38% e as receitas de passageiros recuam US$ 252 bilhões em comparação a 2019.
Além dos custos inevitáveis, as companhias aéreas enfrentam o reembolso de bilhetes vendidos, mas não utilizados, como resultado de cancelamentos em massa resultantes de restrições impostas pelo governo às viagens. “O passivo do segundo trimestre é de US $ 35 bilhões colossais. A queima de dinheiro será grave. Estimamos que as companhias aéreas possam queimar US $ 61 bilhões em seus saldos de caixa no segundo trimestre”, disse Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da Iata.
“As companhias aéreas não podem cortar custos com rapidez suficiente para ficar à frente do impacto desta crise. Esperamos um prejuízo líquido devastador de US $ 39 bilhões no segundo trimestre. O impacto disso na queima de caixa será ampliado por um passivo de US $ 35 bilhões para possíveis reembolsos de ingressos. Sem alívio, a posição de caixa do setor pode se deteriorar em US $ 61 bilhões no segundo trimestre”, calculou.
Segundo ele, vários governos estão respondendo positivamente à necessidade do setor de medidas de alívio, entre eles o do Brasil. Entre os países que fornecem pacotes específicos de ajuda financeira ou regulatória para a indústria estão Colômbia, Estados Unidos, Cingapura, Austrália, China, Nova Zelândia e Noruega. O Brasil, o Canadá, a Colômbia e a Holanda relaxaram os regulamentos para permitir que as companhias aéreas ofereçam comprovantes de viagem aos passageiros no lugar de reembolsos.
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“Viagens e turismo são essencialmente encerrados em uma situação extraordinária e sem precedentes. As companhias aéreas precisam de capital de giro para sustentar seus negócios através da extrema volatilidade. Canadá, Colômbia e Holanda estão dando um grande impulso à estabilidade do setor, permitindo que as companhias aéreas ofereçam vouchers no lugar de reembolsos em dinheiro. Isso é vital para que o setor possa continuar funcionando e possa entregar as remessas de carga que são vitais hoje e a conectividade de longo prazo de que os viajantes e as economias dependerão na fase de recuperação”, acrescentou Juniac.