Segundo a nota de crédito de fevereiro, a taxa média de 46,7% ao ano registrada em fevereiro é 1,1 ponto percentual maior que a taxa de janeiro: 45,6%. Essa alta foi puxada pelo aumento dos juros do crédito pessoal não consignado, que subiram de 103,6% ao ano para 106,6% ano entre janeiro e fevereiro deste ano; e dos juros do cartão rotativo, que passaram de 316,7% ao ano para 322,6% ao ano. Já a taxa de juros do crédito consignado ficou praticamente estável em 21,4% ao ano.
A alta só não foi maior porque a taxa de juros do cheque especial caiu de 141% ao ano para 130% ao ano, em virtude da normativa do BC que passou a limitar em 8% os juros mensais que são cobrados dos clientes do cheque especial. Também houve uma pequena redução dos juros do financiamento de veículos, que passaram de 19,7% ao ano para 19,4% ao ano nesse período.
Já no crédito livre que é destinado às empresas, o BC registrou uma leve redução dos juros. A taxa passou de 17,6% ao ano em janeiro para 17% ao ano em fevereiro, influenciada pelo corte de juros do capital de giro (de 16% ao ano para 15,1% ao ano), do desconto de duplicatas e recebíveis (de 17,2% ao ano para 15,2% ao ano) e da aquisição de veículos (de 12,5% ao ano para 12,1% ao ano).
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Com isso, de acordo com o BC, a taxa média de juros das operações de crédito contratadas no sistema financeiro nacional alcançou 23% ao ano em fevereiro. Já o spread geral das taxas de juros ficou em 18,5 p.p. Os números foram considerados estáveis pelo BC.
O saldo das operações de crédito totalizou, portanto, R$ 3,5 trilhões em fevereiro - número que é só 0,6% maior que o de janeiro (R$ 3,462 trilhões). Desse total, R$ 2 trilhões foram para pessoas físicas e R$ 1,4 trilhão para pessoas jurídicas.