Uma das revisões ocorreu nas perspectivas de entradas líquidas de Investimentos Diretos no País (IDP), que encolheu 25%, para US$ 60 bilhões no ano. Antes, a previsão era de US$ 80 bilhões, segundo o último RTI, de dezembro de 2019. Em 2019, o volume de entrada foi de US$ 78,6 bilhões.
Apesar de, no primeiro bimestre, o rombo nas transações correntes registrar o pior resultado desde 2015, com alta de 27,5% sobre o mesmo período de 2019, para US$ 15,8 bilhões, o BC reduziu a previsão do deficit na conta-corrente de US$ 57,7 bilhões para US$ 41 bilhões.
O relatório está relativamente otimista com as última previsões globais, porque o pior cenário para o PIB global é zero, mas há várias projeções de queda, como a do Itaú Unibanco que prevê retração de 0,7% no PIB brasileiro. Ontem, o banco passou a prever queda de 0,4% na economia mundial, retração de 2,2% na Europa e de crescimento de 3,3% da China e de 0,1% nos Estados Unidos.
Em 2019, o deficit em transações correntes somou US$ 49,5 bilhões, e, no acumulado em 12 meses até fevereiro, o rombo somou US$ US$ 52,9 bilhões, o equivalente a 2,9% do PIB, também o pior resultado desde 2005.
O BC projeta saldo na balança comercial de US$ 33,5 bilhões neste ano, como reflexo das reduções de 15,4% e de 14,9% nas previsões de exportações e de importações em relação a 2019, para US$ 191 bilhões e para US$ 157,5 bilhões.