No acumulado do primeiro bimestre, as despesas com viagens no exterior somaram US$ 2,3 bilhões, montante 22% inferior ao computado no mesmo período do ano passado pelo BC.
Rombo crescente
Mesmo com essa queda dos gastos dos brasileiros lá fora neste começo do ano, o saldo na conta-correte do país com o resto do mundo continua crescente.
No primeiro bimestre do ano, o rombo em transações correntes do país com o setor externo totalizou US$ 15,8 bilhões, avanço de de 27,5% sobre o registrado no primeiro bimestre de 2019.Esse é o pior resultado para o período desde 2015. Esse deficit equivale a quase 32% do deficit acumulado em todo o ano de 2019, que somou US$ 49,4 bilhões.
No mês passado, o BC registrou um deficit de US$ 3,9 bilhões na conta-correte, aumento de 18,2% sobre o saldo registrado em fevereiro de 2019, quando o rombo foi de US$ 3,3 bilhões.
A piora nos dados, segundo relatório da autoridade monetária, “foi decorrente da queda de US$ 154 milhões no superavit da balança comercial e de maiores deficits nas contas de serviços, de US$ 239 milhões, e de renda primária, de US$ 224 milhões”.
O deficit das contas externas brasileiras, no acumulado em 12 meses, somou US$ 52,9 bilhões, o equivalente a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), acima do rombo de US$ 52,3 bilhões em janeiro. Para março, a expectativa do BC é de um deficit de US$ 1 bilhão.