Economia

Estado promete auxílio aos estados, mas repasse será inferior ao solicitado

O secretário, que é o braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes, não disse quando essas medidas serão anunciadas

Pressionado a ajudar os estados a enfrentarem a crise do coronavírus, o governo federal prometeu anunciar medidas federativas em breve. Porém, já adiantou que não vai atender o principal pleito dos secretários estaduais de saúde e fazenda, que é o repasse mensal de R$ 15,6 bilhões.

"Alguns pleitos são devidos e estão sendo analisados. Outros não cabem. Não há espaço para atendimento. [...] R$ 15 bilhões é um número que não fecha nas contas", disse o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, quando foi questionado sobre o assunto nesta sexta-feira (20). 

Ele alegou que o governo vai auxiliar os estados e não vai deixar a população sem o atendimento necessário ao Covid-19. Porém, precisa ter “zelo fiscal” ao liberar esse auxílio. “No momento devido, serão anunciadas medidas federativas para atenuar os problemas trazidos pelo Covid-19. Auxílio financeiro também. Mas isso tem impactos sobre as contas do governo. Então, seguiremos dentro do que a prudência nos permite”, afirmou Waldery.

O secretário, que é o braço direito do ministro da Economia, Paulo Guedes, não disse quando essas medidas serão anunciadas. E também não indicou quanto deve, então, ser liberado para os estados.

Em carta enviada ao Ministério da Economia nesta semana, contudo, os estados afirmaram que precisariam de R$ 15,6 bilhões mensais nos próximos três meses para poderem lidar com a pandemia. Eles argumentam que o coronavírus vai reduzir em R$ 14 bilhões a arrecadação estadual e ainda vai ampliar suas despesas. 

Segundo os secretários estaduais da saúde e da fazenda, será necessário empregar R$ 5 bilhões para o enfrentamento da doença nos estados nos próximos três meses. Por isso, além da compensação da perda de receita causada pela doença, eles reivindicam um repasse emergencial de R$ 1,6 bilhão mensal.