Na tentativa de dar um alívio no bolso nos trabalhadores, devido à crise provocada pela pandemia de coronavírus, a Petrobras anunciou, ontem, a redução de 5% os preços do gás de cozinha. Segundo a estatal, os novos preços passarão a vigorar a partir de hoje. A medida valerá tanto para o GLP vendido para a indústria quanto para o comércio.
Também ontem, a Petrobras reduziu os preços da gasolina em 12% nas refinarias e em 7,5% os valores do diesel. É um reflexo da forte queda das cotações do petróleo no mercado internacional, negociado abaixo dos US$ 30 o barril.
Porém, a medida não significa a queda imediata no preço da gasolina e do diesel para os consumidores. A redução para os consumidores depende da quantidade de combustível que os distribuidores têm armazenado, impostos, margem de lucro e outras questões.
Com a nova redução, o preço da gasolina vendida pela Petrobras nas refinarias já caiu 30,1% e o diesel, 29,1% no ano, ainda não totalmente repassada para o consumidor, avaliam analistas, que já previam uma queda gradual nas bombas dos postos de abastecimento. O impacto maior, alertam, será na arrecadação dos royalties para os governos.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nos postos de abastecimento a gasolina desde janeiro até o dia 14 de março caiu 1,3% e o diesel, 3,8%. A expectativa de arrecadação de royalties, pela projeção da ANP, seria de R$ 28,4 bilhões em 2020, sendo R$ 5,9 bilhões para o Rio de Janeiro, maior estado produtor. A simulação, porém, leva ainda em conta uma média de preço do petróleo de US$ 60,10 o barril e da cotação do dólar em R$ 4,05.